Um ex-piloto da força aérea israelense, Yonatan Shapira, disse que o sistema militar do país é “uma organização terrorista e seus líderes são criminosos de guerra”.
Em sua entrevista à Agência Anadolu, o capitão Shapira explicou que se juntou ao serviço militar israelense em 1993, e renunciou em 2003 durante a segunda intifada palestina.
Ele acrescentou que mudou de opinião depois de ingressar nas forças armadas israelenses e percebeu que era “parte de uma organização terrorista”, mas que o número de pessoas que pensam como ele não ultrapassa alguns milhares.
“É uma organização terrorista e seus líderes são criminosos de guerra”, disse Shapira. “O governo israelense é um governo racista judeu e está arrastando toda a região para um desastre.”
“Eu acredito nisso e tem muita gente que acredita nisso, mas ninguém quer dizer. É um fato que devo dizer”, disse.
Shapira pediu ao mundo que proteja os palestinos da situação atual, porque eles estão sendo mortos por motivos racistas e precisam de grande apoio para impedir o desastre.
Ele criticou a mídia israelense e o sistema educacional, apontando que as pessoas sofreram uma lavagem cerebral e foram impedidas de ver a verdade, e que as crianças estão sendo criadas em um sistema educacional militar altamente sionista.
Shapira afirmou que recebeu uma educação que o encorajou a ingressar no serviço militar israelense para proteger seu povo, mas depois de servir na Força Aérea e lançar bombas sobre civis, ele percebeu que esse ato era um ato terrorista.
Ele afirmou que 27 pilotos pediram demissão das força aérea desde 2003 até hoje.
Desde segunda-feira, Israel lançou uma agressão com aeronaves e artilharia contra os palestinos na Faixa de Gaza, resultando em 181 mortos, incluindo 52 crianças e 31 mulheres, além de 1225 feridos, de acordo com um comunicado do Ministério da Saúde Palestino neste domigo.