Foto: Enzo de Lucca
“Evo, a síntese de toda periferia: demasiado negro, demasiado índio, demasiado povo”.
Por Matías de Rioja.
Evo,
nome de mulher,
mas com o.
Evo,
homem,
mas negro,
não como Adão.
Evo,
filho de campesinos
Aymaras,
adoradores da Pacha,
hereges do Senhor.
Evo,
cocacolero do Altiplano,
não da Coca Cola
company.
Evo,
presidente das
cholas e os cholos,
mas nunca da
branca Bolívia.
Evo,
a síntese de toda
periferia:
demasiado negro,
demasiado índio,
demasiado povo.
Evo,
expulsado
pelo Macho
e sus armas
em nome de Deus.
Evo,
nome de mulher de
mas com o.
A fogueira
segue acessa
para os inimigos da coroa
e a santa inquisição.
Tradução: Raul Fitipaldi, para Desacato.info