O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales Ayma, denunciou que a greve convocada pela direita local para os próximos 10 e 11 de outubro constitui a vingança dos golpistas contra os setores populares que derrotaram o golpe de 2019 nas urnas, e que levaram o povo vai derrotá-los mais uma vez.
Em mensagens veiculadas no Twitter, o também presidente do Movimento pelo Socialismo-Instrumento Político pela Soberania dos Povos (MAS-IPSP) classificou os organizadores dessa mobilização como “conspiradores golpistas (que) buscam impunidade com ameaças e ataques contra os democracia”.
Nesse sentido, defendeu que ao invés de Bloco da Unidade deveriam ser chamados de Bloco da Impunidade, já que sua real intenção é que não se faça justiça em relação às violações de direitos humanos ocorridas no país no contexto do golpe de Estado e durante o governo de Fato.
El paro convocado por la derecha racista es un atentado contra la economía del pueblo humilde, una venganza de los golpistas contra nuestros hermanos que derrotaron al golpe con su voto. Como son golpistas confesos buscan impunidad con amenazas y atentados contra la democracia.
— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) October 5, 2021
Disse que com o apelo à paralisação da nação ameaçam a economia dos humildes e procuram um crédito político que não obtiveram com o voto eleitoral.
Evo garantiu que o povo vai derrotar os supostos líderes cívicos que afirmam defender a democracia e informou que as organizações populares, agrupadas em torno do Estado-Maior do Povo, estão acompanhando de perto a situação e continuam mobilizadas.
La Central Obrera Departamental, la Federación Sindical Única de Trabajadores Campesinos, Bartolinas, ayllus del departamento y la Dirección Departamental del MAS-IPSP de Oruro, nos encontramos reunidos, hoy,
para realizar evaluación de la situación política y adoptar acciones pic.twitter.com/ifmywVhqqj— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) October 5, 2021
Em outras mensagens, o dirigente boliviano lembrou que o povo comparecerá na terça-feira, 12 de outubro, na cidade de Cochabamba, a um massivo comício em defesa da democracia, da revolução cultural democrática, do Whipala e do processo de mudanças que está sendo realizado pelo Governo do Presidente, Luis Arce.
Numerosas organizações de trabalhadores, camponeses, indígenas e jovens manifestaram a intenção de aderir a este ato de massa, que acontecerá na Plaza San Sebastián, a partir das 10h00 locais.
No dia 4 de outubro, representantes da direita realizaram uma reunião em Santa Cruz na qual decidiram convocar uma greve nacional, supostamente para protestar contra o que chamaram de leis inconstitucionais e perseguição política ao atual Executivo.