“EUA: Tantos anos de mentiras: de Mossadeq ao 11/9”

11/9: 11ESIMO ANNIVERSARIO DELLA STRAGE, L'AMERICA RICORDAPor Paul Craig Roberts.

Washington está em guerra há 12 anos. Segundo especialistas como Joseph Stiglitz e Linda Bilmes, essas guerras já custaram cerca de 6 trilhões de dólares aos norte-americanos, o suficiente para manter sólidos, por anos, a Seguridade Social e Medicare.

E depois de 12 anos de guerra, os EUA só têm a exibir gordos saldos bancários para a indústria de armamento e uma lista de países destruídos, com milhões de mortos e deslocados que jamais levantaram um dedo contra os EUA.

 O custo pago pelos soldados e pelos contribuintes norte-americanos é extremo. O Secretário para Assuntos dos Veteranos, Erik Shinseki, relatou em novembro de 2009, que:

(…) morreram mais veteranos por suicídio desde 2001 que o número de soldados que perdemos nos combates no Iraque e no Afeganistão.

Temos muitos milhares de soldados amputados e com lesões cerebrais traumáticas. Na Academia Militar do Corpo de Marines, Jim Lacey calculou um custo de $1,5 bilhão, por membro da al-Qaeda no Afeganistão. Muitos soldados dos EUA e da coalizão pagaram com a vida por cada membro morto da al-Qaeda. Aquela guerra jamais fez sentido algum, em nenhum campo.

As guerras de Washington destruíram a imagem favorável que os EUA construíram ao longo das décadas da guerra fria. Já ninguém fala da “esperança da humanidade”; hoje os EUA são vistos como ameaça, país em cujo governo ninguém pode confiar.

As guerras que deixaram em farrapos a reputação dos EUA são consequência do 11/9.

Os neoconservadores que pregam a hegemonia dos EUA sobre o mundo exigiram “um novo Pearl Harbor” que lhes permitiria lançar suas guerras de conquista. O plano deles para conquistar o Oriente Médio como ponto de partida está contido no documento “Projeto para o Novo Século Americano” [orig. Project for the New American Century] dos conservadores. Foi o que disseram claramente Norman Podhoretz, editor da revista Commentary, e também muitos neoconservadores.

O argumento dos neoconservadores resume-se a declararem que a história escolheu o “capitalismo democrático”, não Karl Marx, como futuro. Para acompanhar essa escolha da história, os EUA têm de engordar seus militares e impor a Via Americana a todo o planeta.

Em outras palavras, como escreveu Claes Ryn, os neoconservadores norte-americanos são os “novos jacobinos”, referência à Revolução Francesa de 1789 que tentou derrubar a Europa aristocrática e substituí-la por “Liberdade, igualdade, fraternidade”, mas, em vez disso, deu à Europa 25 anos de guerra, morte e destruição.

Ideologias são perigosas porque são imunes a fatos. Agora, quando os EUA já não são governados pela Constituição dos EUA, mas por uma ideologia alucinada que gerou um estado policial doméstico muito mais fechado que o da Alemanha Oriental Comunista e um estado de guerra que ataca países soberanos “por causa” de um monte de mentiras, os EUA têm de tentar sobreviver à ironia de Rússia e China terem de agir para limitar a capacidade de Washington para impor o mal, a morte e a destruição pelo mundo inteiro.

Os dois “estados párias” do século 20, são hoje a esperança da humanidade para o século 21!

Como Oliver Stone e Peter Kuznick provam em seu livro The Untold History of the United States [1] [História Não Contada dos EUA], o governo dos EUA jamais fez por merecer a boa reputação que teve. Washington conseguiu com muito sucesso encobrir seus crimes sob muitas camadas de linguajar moralizante e ocultando-os sob sete chaves de segredo. Só décadas depois dos eventos é que a verdade surge à tona.

Por exemplo, dia 19/8/1953, o governo democraticamente eleito no Irã foi derrubado por golpe instigado pelo governo dos EUA. 60 anos depois do ocorrido, documentos da CIA afinal liberados para o público detalham a operação secreta da CIA que derrubou aquele governo democrático e instalou no Irã, impondo-o ao povo iraniano, como governante, um fantoche de Washington.

Os documentos que acabam de ser abertos à consulta pública não poderiam ser mais claros:

O golpe militar que derrubou Mossadeq e seu gabinete da Frente Nacional foi executado sob direção da CIA, como ato de política externa dos EUA, concebido e aprovado nos mais altos escalões do governo.

No século 21, Washington tentou repetir o feito de 1953 e derrubar o governo do Irã, daquela vez usando uma falsa “revolução verde” paga por Washington. Fracassou. Então, Washington tentará ação militar.

Se 60 anos é o tempo necessário para que se conheçam os crimes de Washington, o governo dos EUA só admitirá a verdade sobre o 11/9/2001 no dia 11/9/2061. Hoje, em 2013, 12º aniversário do 11/9, só faltam 48 anos para que Washington admita a verdade. Infelizmente os membros do “Movimento Verdade sobre o 11/9” não estarão vivos para saborear a revanche.

Mas, do mesmo modo como há décadas já se sabe que Washington derrubou Mossadeq, nós também já sabemos que a história oficial do 11/9 é um amontoado de sandices.

Não há prova alguma que confirme a história que o governo insiste em repetir. A Comissão 11/9 nunca passou de grupo conservador operado por um agente neoconservador da Casa Branca. Os membros da Comissão sentaram-se, ouviram a história que o governo contou e escreveram o “relatório”. Não se fez nenhuma investigação, de nenhum tipo. Um dos membros da Comissão renunciou, dizendo que nada, ali, era confiável. Depois que o relatório foi publicado, ambos, o presidente e o principal assessor jurídico da Comissão escreveram um livro para oficial e cabalmente se desassociarem do relatório. A Comissão 11/9 foi “montada para fracassar”, escreveram.

O relatório do National Institute of Science and Technology (NIST) sobre o colapso estrutural das torres gêmeas não passa de simulação construída em computador, a partir de dados selecionados para produzir aquele resultado. O NIST recusa-se a distribuir sua explicação-fraude para ser avaliada por especialistas. A razão é óbvia: a explicação-fraude para o colapso estrutural das torres não sobreviverá a nenhum exame especializado.

Há muitas Organizações da Verdade sobre o 11/9, cujos membros são arquitetos, engenheiros, físicos, químicos e nanoquímicos, pilotos militares e civis, bombeiros e primeiros-socorristas todos altamente qualificados, e as famílias do 11/9. Esses especialistas já recolheram provas que desmascaram os relatórios oficiais.

Já está provado conclusivamente que o Prédio 7 do World Trade Center caiu em queda livre, o que só é possível em ambiente de demolição controlada que remova a resistência abaixo, de modo que o prédio cai de cima para baixo, e as partes inferiores não oferecem qualquer resistência que se tem de esperar em estruturas intactas. O NIST já reconheceu isso. Mas não alterou o relatório.

Em outras palavras, nos EUA de hoje, as negativas oficiais têm precedência sobre os cientistas e, até, sobre fatos comprovados.

Nesse 12º aniversário de evento criminoso, não me parece desnecessário relatar a imensa quantidade de provas que provam que a história oficial é uma mentira. Você mesmo pode ler. Tudo é acessível online. Leiam o que arquitetos e engenheiros têm a dizer. Leiam relatos dos cientistas. Ouçam o que dizem os primeiros socorristas que chegaram às torres do WTC. Pode-se ler o que os pilotos dizem das manobras associadas ao avião que supostamente teria atingido o Pentágono, e que com absoluta certeza não foram executadas por pilotos inexperientes.

Há os vários livros de David Griffin. Pode-se assistir ao filme produzido pelos arquitetos do grupo “Richard Gage and Architects & Engineers para a verdade sobre o 11/9”. Pode-se ler o 9/11 Toronto Report, International Hearings on 9/11.

Na verdade, ninguém precisa de nenhuma prova construída por especialista para saber que a história contada pelo governo dos EUA é falsa. Como já disse antes, se um pequeno grupo de jovens nativos da Arábia Saudita, os supostos sequestradores dos aviões do 11/9, tivessem feito o que fizeram, sem apoio do governo e de nenhuma agência de inteligência (não só a CIA e o FBI, mas todas as 16 agências de inteligência dos EUA, os serviços de inteligência dos aliados de Washington na OTAN, o Mossad israelense, o Conselho de Segurança Nacional, NORAD, o Estado-Maior, o Controle do Tráfico Aéreo e a Segurança dos Aeroportos – que foram burladas quatro vezes em uma hora, na mesma manhã) – a Casa Branca, o Congresso e a mídia estariam obrigados a investigar muito, até saber como todas essas agências e todo o Estado de Segurança, pode-se dizer, mundial, teriam fracassado tão completamente, no mesmo momento. E, nesse caso, movidos por interesse que todos esses prezam muito: a própria segurança deles.

Em vez disso, o presidente dos EUA e todos os funcionários de seu governo resistiram furiosamente a qualquer investigação. Só depois de um ano de demandas, com a crescente pressão das famílias das vítimas, é que se constituiu a Comissão 11/9, e para nada investigar.

Ninguém no governo foi responsabilizado pelo fracasso espantoso. O estado de segurança nacional deu-se por derrotado por um punhado de muçulmanos esfarrapados, armados com facas de cozinha, e por um velho doente, fragilizado por doença renal grave, escondido numa caverna no Afeganistão. Nenhuma cabeça governamental rolou.

A evidência mais clara, visível, de que 11/9 não é o que o governo diz que seria é a obcecada resistência do governo, que absolutamente não acolhe nenhuma demanda para que investigue o evento que é o maior embaraço imposto a uma “superpotência” na história do mundo. O governo dos EUA não quis nenhuma investigação, porque a história inventada para encobrir a verdade não resistirá, se for investigada.

O governo norte-americano confiou nas megacorporações da empresa-imprensa, em cujas mãos o corrupto governo Clinton entregou a mídia norte-americana. Ao apoiar, em vez de investigar, a falsa história que o governo contava, a mídia abandonou a maioria dos norte-americanos, que são sensíveis à influência “dos meios”, deixou-os sem qualquer apoio para as próprias dúvidas. A verdade é que o Ministério da Propaganda dos EUA validou a falsa história que o governo contou.

Fatos corriqueiros da vida diária dos norte-americanos bastam, para refutar a história oficial. Seu forno autolimpante, por exemplo. Quantos norte-americanos temos fornos autolimpantes? 30 milhões? Mais? Você, leitor, tem forno autolimpante?

Sabe que temperatura alcançam os fornos autolimpantes? O ciclo de autolimpeza opera por várias horas à temperatura de 482 graus Celsius. O seu forno autolimpante, por acaso, derrete ao alcançar 482 graus Celsius? Claro que não. O aço de 1/8 de polegada, fino, do seu forno amolece, e o forno desaba? Não. Nem amolece nem desaba.

Com essa informação em mente, leia o seguinte:

Conforme testes realizados pelo Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST), só 2% de todo o aço do WTC testado fora submetido a temperaturas de, no máximo 250 graus Celsius; cerca de metade da temperatura de seu forno autolimpante. É possível acreditar que temperaturas assim tão baixas, em áreas tão pequenas da superfície das torres, amoleceriam grossas colunas de aço denso, que se curvariam e assim provocariam o colapso do prédio? Se você responder que sim, então, por favor, me diga por que o seu forno autolimpante não amolece e desaba cada vez que você o faz autolimpar-se.

Na seção E.5 do Sumário Executivo desse relatório do NIST lê-se:

Foi desenvolvido um método que usa observações microscópicas de rachaduras no revestimento de tinta para determinar se os elementos de aço receberam temperaturas acima de 250 graus C. Examinaram-se mais de 170 áreas (…). Só três pontos apresentaram resultados que indicam que o aço e a cobertura de tinta alcançaram temperaturas superiores a 250 graus C.

A análise de microestruturas de aço não observou evidências de exposição a temperaturas superiores a 600 graus por tempo significativo.

Na Seção 3.6 do mesmo relatório NIST o NIST afirma:

O NIST crê que essa amostra de aço das torres do WTC é adequada para os objetivos da investigação.

Como é possível que tenham escrito tais coisas? Minha explicação é que os cientistas do NIST, temerosos ante a ameaça contra seus empregos e empregabilidade futura, e em pânico ante a ordem para produzir relatório falso, deram jeito de incluir informação que seus chefões políticos não compreenderiam. Ao declarar inequivocamente as temperaturas reais, os cientistas do NIST espalharam pistas de que todo o relatório era mentiroso e o relatório havia sido produzido sob coerção.

O ponto de fusão do aço é próximo de 1.500 graus Celsius. O aço perde força a temperaturas inferiores, mas os cientistas do NIST relataram que só pequena porção do aço chegou a ser submetido a temperaturas moderadas, inferiores à temperatura sob as quais operam normalmente os nossos fornos autolimpantes domésticos.

Quem queira pensar um pouco mais sobre isso, arranje um exemplar do livro The Making of the Atomic Bomb [A produção da bomba atômica] de Richard Rhodes. Dê uma olhada no bonde da foto n. 108. A legenda diz:

A bola de fogo de Hiroshima fez a temperatura de superfície alcançar instantaneamente, em toda a área até uma milha do hipocentro, bem mais de 1.000 graus F.

O bonde está convertido num monte de aço? Não. Está estruturalmente intacto; está preto, porque a tinta queimou.

Washington quer que você acredite que aço que sobreviveu intacto à bomba atômica derreteria em exposição rápida a baixa temperatura, e em incêndios em escritórios isolados. O que pensar de governo para o qual todos somos perfeitos idiotas?

Por que apoiar governo que mente cada vez que abre a boca?

Minha opinião é que o fogo no WTC, limitado, de curta duração e baixa temperatura, sequer, aqueceu as massivas estruturas de aço ao ponto de elas parecerem mornas ao tato. Além do mais, nenhuma coluna derreteu ou deformou-se pelo amolecimento. As colunas foram partidas em pontos específicos por cargas de altíssima temperatura colocadas nas próprias colunas.

Nesse 12º aniversário do 11/9, pergunte a você mesmo se você deseja acreditar que temperaturas que não chegaram nem à metade das temperaturas que você opera em casa, no seu forno autolimpante, teriam sido a causa do desmoronamento de três torres gigantes de aço, e as reduziram a poeira.

Em seguida pergunte a você mesmo por que o governo dos EUA supõe que você seria tão totalmente estúpido, a ponto de acreditar no conto de fadas que o governo dos EUA contou a você sobre o 11/9.

Nota dos tradutores

[1] Há também um documentário Oliver Stone’s Untold History Of The United States (A História Não Contada dos Estados Unidos). Ver também, em português, entrevista com Oliver Stone sobre o documentário.

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  Institute for Political Economy Too Many Years Of Lies: From Mossadeq to 9/11

Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu.

[*] Paul Craig Roberts (nascido em 03 de abril de 1939) é um economista norte-americano, colunista do Creators Syndicate. Serviu como secretário-assistente do Tesouro na administração Reagan e foi destacado como um co-fundador da Reaganomics. Ex-editor e colunista do Wall Street Journal, Business Week e Scripps Howard News Service. Testemunhou perante comissões do Congresso em 30 ocasiões em questões de política econômica.

Durante o século XXI, Roberts tem frequentemente publicado em Counterpunch, escrevendo extensamente sobre os efeitos das administrações Bush (e mais tarde Obama) relacionadas com a guerra contra o terror, que ele diz ter destruído a proteção das liberdades civis dos americanos da Constituição dos EUA, tais como habeas corpus e o devido processo legal. Tem tomado posições diferentes de ex-aliados republicanos, opondo-se à guerra contra as drogas e a guerra contra o terror, e criticando as políticas e ações de Israel contra os palestinos. Roberts é um graduado do Instituto de Tecnologia da Geórgia e tem Ph.D. da Universidade de Virginia, pós-graduação na Universidade da Califórnia, Berkeley e na Faculdade de Merton, Oxford University.

Fonte: RedeCastorPhoto

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