EUA: Seis conselheiros para estratégia de combate ao HIV demitem-se com críticas a Trump

O website oficial do Gabinete Nacional sobre políticas públicas de HIV/SIDA foi um dos sites desativados quando Trump assumiu a presidência, e ainda não foi substituído.

O Conselho Presidencial sobre HIV/Sida é o organismo responsável pela definição da estratégia dos Estados Unidos da América no combate à doença, bem como pela informação sobre o assunto que chega ao Presidente dos EUA, Donald Trump.

Na passada sexta-feira, seis membros do conselho demitiram-se, publicando uma carta de demissão na revista Newsweek onde declaram ser impossível continuar a trabalhar para um “Presidente que simplesmente não quer saber do assunto”.

A carta foi escrita por Scott Schoettes, a quem se juntaram outros cinco membros do conselho: Lucy Bradley-Springer, Gina Brown, Ulysses Burley III, Michele Ogle, e Grissel Granados. Na carta, Schoettes explica que o governo de Donald Trump não adotou qualquer estratégia de combate à doença, “e – de forma preocupante – adotou legislação que irá prejudicar as pessoas com HIV e parar ou reverter ganhos importantes conquistados na luta contra a doença.”

O Conselho foi constituído por Bill Clinton em 1995, herdando a Comissão sobre a Epidemia de HIV formada por Ronald Reagan em 1987. Barack Obama recuperou o trabalho do Conselho e formou uma nova estratégia nacional (link is external), orientada para a redução de comportamentos de risco e infeção, aumento de acesso a cuidados de saúde e redução de desigualdades no acesso à saúde.

O website oficial do Gabinete Nacional sobre políticas públicas de HIV/SIDA foi um dos sites desativados quando Trump assumiu a presidência, e ainda não foi substituído. Da mesma forma, Donald Trump não nomeou ainda um Diretor Nacional de Combate ao HIV, um cargo criado por Barack Obama em 2010.

Os ex-conselheiros criticam ainda a revogação do Affordable Care Act, conhecido por Obamacare, argumentando que este programa garantiu “ganhos na percentagem de pessoas com HIV conscientes de serem portadores, bem como a percentagem de pessoas que entram em tratamento e, sobretudo, o número de pessoas com tratamento de sucesso.”

E acrescentam que o programa dos Republicanos para substituir o Obamacare “seria particularmente negativo para pessoas com HIV”.

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