O embaixador da Palestina nos Estados Unidos, Husam Zomlot, declarou que tinha sido expulso do país e que as contas bancárias da sua família haviam sido congeladas, dias depois de o Departamento de Estado dos EUA ordenar o fechamento da representação da Organização de Libertação da Palestina em Washington.
Os vistos do embaixador e da sua família, que eram válidos até 2020, foram revogados. Os filhos do embaixador, Said, de 7 anos, e a filha Alma, de 5 anos, foram retirados da escola que frequentavam em Washington e já deixaram o país.
Por outro lado, todas as contas bancárias ligadas à OLP nos Estados Unidos também foram congeladas, informou o site noticioso israelense Ynet.
Os EUA anunciaram na semana passada o fecho do escritório da OLP em Washington, medida que John Bolton, assessor de segurança nacional dos Estados Unidos, descreveu como uma «punição» por a organização palestina ter pedido que Israel seja investigado pelo Tribunal Penal Internacional.
O Departamento de Estado dos EUA afirmou que o fechamento se deve ao fato de que «a OLP não tomou medidas para avançar o início de negociações directas e significativas com Israel».
Na verdade, a direcção palestina cortou o contato com Washington depois de em dezembro o presidente Donald Trump reconhecer Jerusalém como a capital de Israel, quebrando décadas de política estado-unidense sobre o assunto e violando as resoluções da ONU. Os palestinos reclamam Jerusalém Oriental como capital do seu futuro Estado. Além disso, os EUA afastaram-se da solução de dois Estados, internacionalmente consensual, e incentivam o avanço da colonização.
Nos últimos dias o governo Trump cortou o financiamento à Rede de Hospitais de Jerusalém Oriental, na sequência da cessação das contribuições financeiras para a UNRWA (agência da ONU de assistência aos refugiados palestinos), que querem liquidar, fazendo assim «desaparecer» os refugiados palestinos e o seu direito ao retorno.
Os EUA também cancelaram mais de 200 milhões de dólares de assistência à Autoridade Palestina, medida que as autoridades palestinas como denunciaram «chantagem».