EUA em chamas: Manifestantes entram na Casa Branca, que apaga luzes pela primeira vez; veja vídeo

Os atos foram agravados na capital dos EUA após Trump dizer no Twitter que vai classificar o movimento antifascista como terrorista. A publicação foi compartilhada por Bolsonaro

Manifestantes em frente à Casa Branca, nos EUA (Reprodução/Twitter)
Por Plinio Teodoro.

No sexto dia de protestos contra o assassinato de George Floyd, que foi morto asfixiado por um policial branco em Minneapolis, manifestantes tomaram as ruas de mais de 50 cidades dos Estados Unidos – em 25 delas contrariando toque de recolher – e entraram nos jardins da Casa Branca, sede do governo e residência oficial de Donald Trump, que teve suas luzes apagadas pela primeira vez na história.

Os protestos que tiveram início no domingo (31) entraram pela madrugda desta segunda-feira, 1º de junho, e remontam aos atos de abril de 1964 após a morte do ativista Martin Luther King, assassinado na sacada de um hotel em Memphis. O autor do disparo teria motivos supostamente racistas. Em dezembro de 1999, no entanto, um processo civil no Estado do Tennessee chegou à conclusão de que sua morte foi planejada por membros da máfia e do governo norte-americano.

Trump acuado
Na madrugada desta segunda-feira (1º), manifestantes chegaram a entrar nos jardins da Casa Branca. Segundo a rede CNN, na sexta-feira (29), Trump e a família já haviam sido levados para um bunker por medo que os ativistas entrassem na residência oficial.

Com as luzes da Casa Branca apagada, as imagens aéreas mostravam vários focos de incêndio na capital dos Estados Unidos. Os atos foram agravados na cidade após Trump dizer no Twitter que vai classificar o movimento antifascista como terrorista. A publicação foi compartilhada por Jair Bolsonaro em meio aos atos antifascistas ocorridos em várias cidades do Brasil.

Desde a meia-noite desta segunda-feira (1º) a capital americana também entrou em toque de recolher. Bombas de gás foram lançadas contra manifestantes que atearam fogo em carros e objetos. Todas as luzes da Casa Branca foram apagadas por medidas de segurança.

Em Minneapolis — cidade estopim para a onda de protestos nos EUA —, um motorista avançou o caminhão sobre grupo de manifestantes que protestavam contra a morte de Floyd.

Segundo a Associated Press, somente o motorista teve ferimentos leves. Manifestantes tentaram agredi-lo após acelerar contra o grupo, mas o homem acabou detido em seguida.

Em todo o país, mais de 300 pessoas foram presas. Ao menos cinco mortes foram registradas desde o início dos atos.

A maior parte dos protestos ocorreu de maneira pacífica. Em diversas cidades dos Estados Unidos, policiais se recusaram a combater os atos e se ajoelharem diante dos manifestantes — um dos símbolos das manifestações, uma vez que Floyd morreu após ser visto com um policial prensando seu pescoço com o joelho.

Floyd
George Floyd morreu no dia 25 de maio, depois de ser asfixiado por 8 minutos e 46 segundos pelo policial branco Derek Chauvin em Minneapolis, no estado de Minnesota.

Na sexta-feira (29), Chauvin foi detido e acusado de homicídio. Documentos obtidos pela rede americana CNN mostram que a fiança do policial foi estabelecida em US$ 500 mil (cerca de R$ 2,7 milhões).

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