“Eu não sou carcereiro, eu sou médico”: Walter Ferreira sobre a internação forçada de pessoas em situação de rua

Por Redação.

A Câmara Municipal de Florianópolis aprovou no dia 19/2, por 17 votos a 4, em regime de urgência, o Projeto de Lei (PL) 19.044/2024, que autoriza a internação forçada de pessoas em situação de rua com transtornos mentais e/ou dependência química. Sobre o tema, entrevistamos o médico Walter Ferreira, do Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Segundo Walter o PL é muito vago, não menciona como essas pessoas serão avaliadas, nem como e onde serão internadas. Votado em regime de urgência, contrariando e sobrepondo-se à Lei Federal (que diz que a internação deve ser aplicada em último caso), esse projeto gera insegurança e suspeita.

No livro A História da Loucura na Idade Clássica, o escritor Michel Foucault aborda um fenômeno que aconteceu na Europa durante os séculos XV e XVI chamado a Grande Internação. Moradores de rua, pecadores, loucos, prostitutas pobres e todos aqueles que “incomodavam” foram internados. Varridos para longe, os problemas que a sociedade não conseguia “resolver”. “Isso fracassou, estamos, 5 séculos depois, com o mesmo problema”, diz Walter.

Esse projeto é na prática uma detenção, porque antes de uma internação, o último caso, se realizam tratamentos não invasivos, explica Walter e afirma:”Eu não sou carcereiro, eu sou médico”.

Saiba mais, assista à entrevista completa no link abaixo:

1 COMENTÁRIO

  1. Poderíamos trocar a internação destes desgraçados, pela internação compulsória dos cleptocratas nazistas. Ou seja 99.9% dos políticos da direita e a de seus sócios , os pa$t0r€$. Está Câmara de vereadores e a assembleia legislativa, em suas leis absurdas e inconstitucionais, colocam em xeque a democracia. Batman day , multa para quem levar crianças ou adolescentes para ver parada gay, são a prova . São a cortina de fumaça que esconde os interesses escusos que estes parlamentares cleptocratas defendem. Interesses que não são os de quem trabalha . Logo a internação compulsória destes elementos é uma salva guarda para a humanidade.

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