Por Kiko Nogueira.
A estratégia da militância está dando certo. Ao menos por enquanto.
Segundo a Coluna do Estadão, a ordem na PF é ter “calma” caso Lula não se entregue, mesmo, até as 17h desta sexta-feira, como ordenou Sergio Moro.
Reproduzo a nota:
Segundo um delegado experiente, em qualquer princípio de tumulto a praxe é não enfrentar a massa. A reação de quem está acuado é partir para cima. Tudo o que a polícia quer evitar. Se a decisão for partir para o confronto, até para isso, a PF analisa se o prédio apresenta saídas para dispersão. “É preciso que as pessoas tenham para onde correr”, diz um policial.
Ao permanecer no sindicato e não em sua casa, em São Bernardo do Campo (SP), Lula consegue um cordão de isolamento. As milhares de pessoas que cercam o prédio e e estão dentro dele podem impedir o acesso da PF até o ex-presidente.
Um policial diz que, nessa situação, o melhor a se fazer é esperar porque um dia as pessoas vão cansar de ficar dentro do prédio. “Quanto tempo vão aguentar morando na escada do prédio do sindicato?”, diz.
Por isso, a estratégia é ter paciência. Tem ainda a possibilidade de todos saírem correndo ao mesmo tempo, dando chances ao ex-presidente Lula para fugir do local sem ser percebido. Razão pela qual a avaliação unânime na PF hoje é a de que “prender o Lula não é problema, mas como chegar até ele.”