O presidente falou de fissuras na esquerda latino-americana, enquanto a direita está agindo como um bloco avassalador. «Nós temos que unir forças a partir do Fórum de São Paulo, e vocês podem contar conosco para qualquer evento, para qualquer debate, mas temos que unir forças», reiterou.
O presidente recebeu com um aperto de mão e o adjetivo de «amiga» a pessoa que desde 2014 está à frente da secretaria executiva desse importante movimento, que reúne partidos e grupos políticos de esquerda, fundado por iniciativa dos líderes latino-americanos Fidel Castro e Lula da Silva, em 1990.
Na reunião – que aconteceu no Palácio da Revolução, após o chefe de Estado ter percorrido Havana, que está em pleno processo de recuperação após a passagem do furacão Rafael – Díaz-Canel discutiu a necessidade do multilateralismo e da integração em um mundo marcado pela desigualdade, violência e arrogância.
Mônica Valente, que está em visita de trabalho à Ilha, agradeceu o apoio permanente do Fórum de São Paulo, «sempre tivemos o apoio inequívoco do Partido Comunista de Cuba».
Destacou o fato de Cuba sempre ter ajudado na construção da unidade na diversidade, «vocês são mestres nisso», considerou. «Este é um momento, tal como você mencionou, em que devemos trabalhar mais em prol da unidade», concordou Mônica Valente.
O Fórum de São Paulo é formado por mais de 120 forças políticas de cerca de trinta nações da América Latina e do Caribe. Uma de suas prioridades é promover a unidade e a integração das forças políticas de esquerda do continente na luta contra o imperialismo.