Por Joniel Decol, para Descato.info.
A década de 2021-2030 foi definida, pela Organização das Nações Unidas (ONU), como o período para que sejam medidos esforços em prol da restauração dos ecossistemas.
Essa definição é muito importante, uma vez que as mudanças climáticas, as crises hídrica e sanitária estão cada vez mais frequentes em nossas vidas. Esse fato é muito preocupante, pois afeta a segurança coletiva da população e ambiente.
Os ecossistemas, quando restaurados, são constituídos por uma ampla biodiversidade.
A biodiversidade não está no planeta simplesmente para deixá-lo bonito ou para que possamos apreciá-la.
A biodiversidade tem um papel bem complexo e garante que todos os indivíduos, presentes nela, vivam de forma segura e equilibrada. Nós, como seres humanos, também somos parte da biodiversidade e deste modo também dependemos dela.
Vou listar somente algumas das funções complexas que os ecossistemas realizam e que, aos serem destruídos, deixam essas funcionalidades em risco:
A diversidade das florestas naturais, por exemplo, equilibra o regime das águas, mantendo as chuvas e os rios regulares. Importante para que a produção de alimentos ocorra e a geração de energia elétrica pela força das águas se mantenham ao longo dos anos.
A diversidade da fauna (animais) é fundamental para que haja a manutenção das florestas (flora em geral). O equilíbrio da fauna, junto com a flora, garante a diminuição da ocorrência de pragas, doenças e ajuda a manter os ecossistemas saudáveis, incluindo a nós mesmos.
O que estamos vivendo atualmente diz muito sobre como os nossos ecossistemas estão. As fortes estiagens, as grandes inundações e a disseminação de doenças estão bem mais frequentes agora. A restauração dos ecossistemas é garantir a economia, o meio ambiente, a qualidade de vida e o bem estar para todos e todas.