Desde maio de 2020 o Necat/UFSC elabora boletins reunindo o cenário da pandemia no estado de Santa Catarina. O mais novo boletim aponta que, a pesar do avanço na imunização da população, um número alto de pessoas se recusam a tomar a segunda dose e o vírus segue com alta taxa de transmissão.
“A pandemia não acabou”, diz Lauro Mattei. Atitudes por parte do governo do estado de flexibilizar o uso de máscaras é um equívoco quando ainda não conseguimos controlar a pandemia. A máscara é o segundo instrumento mais importante de proteção da doença após a vacina. Está comprovado cientificamente que só se deve flexibilizar os mecanismos preventivos depois de 75% da população imunizada. Em Santa Catarina, os números de vacinados estão em torno de 58%.
Segundo Lauro Mattei, temos dois problemas fundamentais no estado. Primeiramente, o número de pessoas em que não tomaram a 2da dose, em torno de 430 mil. Em segundo lugar, a taxa de transmissão que está em 0,97. Ou seja, a cada 100 pessoas que pegam a doença, contaminam mais de 97. De 5 a 6 mil pessoas são contaminadas toda semana.
“Aqui não conseguimos controlar a pandemia e estão tentando flexibilizar”, diz Lauro Mattei. Macro-indicadores como o problema na vacinação e a flexibilizando antecipada do uso de máscara apontam uma tendência de continuidade na transmissão do vírus.
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