Havana, 31 out (Prensa Latina) O Ministro das Relações Exteriores de Cuba Bruno Rodríguez denunciou hoje que, entre 2019 e 2020, os Estados Unidos aplicaram 17 medidas coercivas para impedir que americanos e cubanos residentes naquele país voassem para a ilha.
A este respeito, ele disse que é impossível imaginar como, colocando tais obstáculos, o povo cubano é ‘ajudado’, em relação à retórica usada pela Casa Branca para justificar suas agressões contra a maior das Antilhas.
De acordo com o último relatório sobre os danos do bloqueio exercido pelos Estados Unidos contra Cuba, entre abril de 2019 e março de 2020, as regulamentações e disposições emitidas por Washington atingiram níveis de hostilidade sem precedentes.
Entre elas está a proibição de voos do país do norte para todas as províncias da ilha, com exceção do Aeroporto Internacional José Martí de Havana, que ainda não retomou as operações devido à pandemia de Covid-19.
A suspensão dos voos das companhias aéreas americanas para nove aeródromos cubanos foi anunciada em 25 de outubro de 2019 e entrou em vigor em 10 de dezembro.
Em 10 de janeiro de 2020, Washington suspendeu os voos charter entre os Estados Unidos e Cuba, exceto os para Havana, e impôs um limite para o número de tais voos.
De acordo com o relatório, a imposição de medidas para regular as viagens é equivalente a uma redução no fluxo de visitantes daquele país de aproximadamente 420.000 passageiros, com o correspondente efeito na renda.
Vários congressistas, senadores e organizações dos EUA se opuseram à decisão de suspender os voos.
Em outubro de 2019, a Congressista Democrata da Califórnia Barbara Lee criticou as disposições e disse que o cancelamento pelo Presidente dos EUA Donald Trump é outro esforço para destruir qualquer relação entre países.
‘Estas políticas atrasadas e isolacionistas prejudicarão tanto os cubanos quanto os americanos’, disse ela.
Em 2020, as organizações do norte emitiram uma declaração conjunta condenando as restrições de voo charter e pedindo a aprovação de uma lei de viagem livre.