Por Luiza Belloni.
Patrícia Monken, de 38 anos, cansou de se explicar aos vizinhos toda vez que seu bebê, um menino de 2 anos, abria o berreiro.
As fofocas eram tantas que a mãe decidiu pendurar uma placa bem grande nas janelas de sua casa, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, com um recado bem direto à vizinhança.
“Prezados vizinhos, às vezes parece que eu estou matando o meu filho, quando na verdade eu só estou colocando soro no nariz, cortando a unha ou limpando o ouvido do meu bebê. Favor não ligar para o conselho tutelar”, diz a placa. E a mãe foi além:
“Quando ‘DEUS’ disse: Orai e vigiai, ele se referiu a sua própria vida e não as dos outros. Se quer se meter na minha vida, faça as coisas direito. Comece lavando as minhas calcinhas, pagando as minhas contas e resolvendo os meus problemas por mim”, ironizou.
No final, ela ainda fez uma “promoção” aos cuidadores da vida alheia de plantão: “a cada 5 ‘pacotes’ de fraldas ‘G’ e ‘XG’ ganhe o direito de dar um palpite na criação do meu filho.”
A faixa foi instalada na última segunda-feira (24) e a família até registrou o ato e publicou no YouTube.
“Infelizmente para ser fofoqueiro não precisa de diploma de ensino superior, escolaridade média ou experiência anterior comprovada”, diz a descrição do vídeo. “E não dá para escapar: em todas as ruas do mundo existem vizinhos fofoqueiros que ultrapassam limites sobre humanos para contar uma boa história.”
A medida drástica viralizou nas redes sociais e foi aplaudida por usuários. “Vou fazer também pra ver se o povo se manca. Porque quando eu preciso sair, ter um momento de lazer com meu marido, não me aparece um para se oferecer a cuidar”, rebateu uma internauta. “Mitou. Aqui não chegou a esse nível mais já aviso”, disse outra.
Ao jornal Extra, Patrícia explica que se irritou ao ouvir fofocas pelo bairro e já tentou distribuir panfletos para tentar abafá-los. “Eu cansei de desenhar que meu filho é menino de cabelo grande porque quem manda na minha casa sou eu. As pessoas falam que é feio, que tem que cortar. Teve gente até falando que meu filho ia virar gay por isso, acredita?”, afirmou ao jornal. “Meu filho não vai ser gay por isso e se for, que seja.”
“O que ele precisa é ter boa índole. As pessoas ficam incomodadas com o cabelo grande do meu filho. Mas só que o cabelo do meu filho, desde que ele nasceu, já tem destino certo. Lá para o final do ano, já vai estar em ponto de doação. Vou cortar para doar para crianças que têm câncer.”
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Fonte: HuffPost.