Porque de som, luz e fúria devem ser os trovões.. mesmo quando todas são almas reparadas
O combate, verdadeiro amigo na insatisfação, deve se agarrar a qualquer um feito da ilusão dos momentos bons
Há um poder calculado deitando e rolando que extrapola os acontecimentos
Que definem a linha tênue de que é sempre hora boa para se entregar
Não a si mesmo e aos seus
Mas aos devoradores da inocência.. perdida pro acaso
O caminho de pedras grandes demais para mover..
Guarda vida .. ainda impedida de ser natural
Produzida com artifícios de fogos que queimam muitos e aquecem poucos Marginais ao estado da luz, da água e do gás
No horizonte, uma vontade de algo distante que já se perdeu na imaginação
Sem nada para contar e sem voz o povo grita, comprimido pelas marcas da pele, o sofrimento de ser esquecido em leito esplêndido
Cada rosto sem par, cada par de mãos no ar traz consigo, a pé, a histórica verdade do que foi o paraíso tropical..
Abençoada terra prometida
Quantos sonhos revelam com nostalgia o épico do que deveria ter sido
Milhares de quilômetros secos, duros e improdutivos se estendendo na sola de uma nação corrompida com falsas verdades
É chegada a hora de amar.. não com o coração mas com o fígado!
Extrair os venenos que adoecem o rio da existência
E deixar que ele corra livre ruindo barragens e pontes que levam a lugar nenhum
Para enfim, chegar ao mar dos descobrimentos de tudo o que pode ser e do novo que está por vir
A luta, armada de coragem e fé
Derramará suor por justiça e liberdade
Sobre um povo calcificado pela fuligem de uma só ordem e nenhum progresso.
Javier A. Rebosio e Julia Gazzola
Imagem: Dark Room