Esperar e refletir

Por Larissa Cabral.

No período em que estive em Honduras, pude conhecer um pouco esse povo maravilhoso e ver os reflexos de um acontecimento tão impactante na população, como foi o golpe de Estado de junho de 2009. Manuel Zelaya, presidente destituído na ocasião, irá retornar ao país no próximo sábado (28) e aqui no Brasil tento imaginar o que os hondurenhos estão pensando agora, o que esperam da volta dele e imagino a experiência extraordinária que será viver tal data, tanto para os cidadãos, quanto para os jornalistas que irão acompanhar todos os fatos.

Sei, contudo, que o que irá acontecer nesse dia e nos dias seguintes fogem da minha capacidade de imaginação. Ainda assim, torço para que a sensação de dor, insegurança e impunidade, constatada no curto período em que estive em Honduras, deixe de ser uma constante.

A seguir, publico um pequeno trecho da entrevista que fiz com a coordenadora do Comitê dos Familiares Detidos Desaparecidos em Honduras (Cofadeh), Bertha Oliva.

“Em 2009, pudemos ver o perigo em que se encontrava a nação hondurenha. A impunidade se consolidava, os disfarces e a maquiagem que usavam os tomadores de decisão eram cada vez mais fortes e desafiadores. Desde o dia 28 de junho de 2009 até agora é possível testemunhar quanta dor, angústia e violações foram causadas, mas, estamos comprometidos a apoiar, denunciar e defender o povo de um país, onde o que menos existe é um estado de direito crível e que possa ser reconhecido. Vivemos em um Estado falido”.

Contato: [email protected]

Twitter: @larissabcabral

 

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