Escolas públicas e particulares se unem na mobilização para a greve geral do dia 28

A expectativa da CNTE é que todos os profissionais da educação do país irão às ruas neste dia 28 (Foto Douglas Mansur/APEOESP)
A expectativa da CNTE é que todos os profissionais da educação do país irão às ruas neste dia 28 (Foto Douglas Mansur/APEOESP)

Por Cida de Oliveira.

Entidades representativas da educação vão envolver comunidade escolar e pais para conscientizar a população da importância de participar do dia de paralisação

Além de paralisar atividades na próxima sexta-feira (28), dia da greve geral contra as reformas trabalhistas e da Previdência e a aprovação da terceirização irrestrita, professores, diretores e demais servidores de escolas públicas e particulares de todo o país estão envolvidos em ações para convencer a população a aderir às manifestações em suas cidades. Hoje (26) e amanhã, será intensificada a panfletagem nas imediações das escolas.

A expectativa da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) é que nenhuma das escolas municipais, estaduais, federais e particulares de todo o país funcionem neste dia de greve geral.

“Há uma grande mobilização. As 50 entidades filiadas estão desenvolvendo atividades para chamar a população para se manifestar contra a ameaça de retirada de direitos. Agora as ações consistem em denunciar os ataques por meio de panfletagem. A ideia é incluir também os pais nesse trabalho”, diz  o presidente da entidade, Heleno Araújo. Embora a CNTE não represente trabalhadores de instituições de ensino superior, ele acredita que a adesão será total também em faculdades e universidades públicas e privadas.

De acordo com ele, em todo o país estão sendo utilizadas diversas estratégias de comunicação, como mensagens veiculadas em reuniões e audiências públicas em câmaras de vereadores, em programas de rádios, outdoors, anúncios pagos em jornais de grande circulação e por meio de carros de som que circulam em bairros e até em praias.

Araújo acredita também no poder de mobilização das igrejas, principalmente católicas. No último dia 19, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) voltou a se manifestar contra a reforma da Previdência, juntamente com o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Conselho Federal de Economia (Cofecon).

No dia 23 de março, a CNBB, por meio do seu Conselho Permanente, divulgou nota  convocando “os cristãos e pessoas de boa vontade, particularmente nossas comunidades, a se mobilizarem ao redor da atual reforma da Previdência, a fim de buscar o melhor para o nosso povo, principalmente os mais fragilizados”.

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