Como no tempo da ditadura civil-militar, projeto busca fortalecer “valores fundamentais para a formação da cidadania e o desenvolvimento dos alunos” com visitas às bases militares e aulas de civismo
A Secretaria Estadual da Educação (Seduc) do Rio Grande do Sul e o Comando Militar do Sul assinaram termo de cooperação para elaboração de projeto pedagógico a ser implementado neste segundo semestre. A informação é do governo de José Ivo Sartori (PMDB) e lembra os tempos da ditadura civil-militar (1964-1985) no país, quando os feitos militares eram exaltados nas escolas e havia a disciplina Educação, Moral e Cívica.
Segundo nota publicada na página da Secretaria, o acordo tem como propósito “contribuir para o fortalecimento de valores fundamentais para a formação da cidadania e o desenvolvimento dos alunos da rede pública estadual”.
Na última quarta-feira (12), representantes do Departamento Pedagógico da Seduc e do Comando Militar se reuniram para debater os detalhes do acordo para o projeto O Exército nas Escolas. A base do programa serão atividades das Forças Armadas para estudantes de ensino médio.
Entre as estratégias está a realização de palestras, prática de esportes, visitação às bases militares e aulas de civismo e formação de cidadania.
Segundo a Seduc, a ideia é que o projeto comece de forma experimental a partir do segundo semestre em pelo menos cinco escolas da 1° Coordenadoria Regional de Educação CRE, de Porto Alegre.
“Pretendemos alinhar o projeto nos próximos meses, e a partir de novembro já poderemos iniciar as visitações às escolas. Faremos, em um primeiro momento, na região da 1°CRE e, em 2018, ampliaremos para as demais regiões do Estado”, explicou o assessor pedagógico do Ensino Médio da Seduc, Vitor Powaczruk.
O analista do Núcleo de Estudos Estratégicos do Comando Militar do Sul, coronel Ary de Albuquerque Gusmão Filho, destacou a importância social das Forças Armadas dentro de uma estratégia de Defesa. “A nossa meta é proporcionar aos alunos um pouco dos valores de paz e civismo, dentro de um aprendizado de direitos e deveres de cidadania”, disse.
Fonte: Rede Brasil Atual.