Por Isabella Macedo.
A assessoria de imprensa do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou, na tarde desta quinta-feira (15), a indicação do nome do economista Roberto Campos Neto para presidir o Banco Central. A informação foi confirmada por meio de nota. A equipe de transição do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), também confirmou que Mansueto Almeida permanecerá como Secretário do Tesouro Nacional.
Antes de ser confirmado na diretoria do Banco Central, Campos Neto passará por sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Seu nome também precisa ser votado pelo Plenário da Casa.
Campos Neto é diretor do banco Santander, onde trabalha há quase 20 anos, e é neto do economista Roberto Campos, que foi ministro do Planejamento entre 1964 e 1967, durante a ditadura militar, e presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social no governo de Juscelino Kubistchek.
Mansueto Almeida, que já ocupa a Secretaria do Tesouro Nacional desde abril deste ano, deve permanecer no cargo. Também economista, já foi pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e atuou como consultor na campanha de Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência da República em 2014.
A presidência do BC é atualmente ocupada por Ilan Goldfajn. Ex-sócio do banco Itaú, ele foi confirmado no cargo em maio de 2016, indicado pelo então ministro da Fazenda Henrique Meirelles.
Leia a íntegra da nota:
“O futuro Ministro da Economia, Paulo Guedes, confirma nesta quinta-feira (15/11) a indicação de dois novos integrantes da equipe econômica do presidente eleito Jair Bolsonaro:
O economista Roberto Campos Neto aceitou o convite e terá seu nome indicado ao Senado Federal para presidir o Banco Central. Com extensa experiência na área financeira, pós-graduado em economia pela Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), Campos Neto deixa diretoria do Banco Santander, onde ingressou em 2000.
O economista Mansueto Almeida será indicado para permanecer no cargo de Secretário do Tesouro Nacional, que ocupa desde abril de 2018. Com extensa experiência no setor público, tendo passado pelo IPEA e ocupado outros cargos importantes no Ministério da Fazenda, é mestre em Economia pela USP e cursou doutorado em Políticas Públicas no MIT.”