Até agora, foram registrados 12 ataques contra candidatos a diferentes cargos, sendo o mais recente o assassinato no sábado passado de Julio César Farachio, que procurava a prefeitura de Salinas, província de Santa Elena.
No dia seguinte ao evento, as autoridades relataram a prisão do suposto mentor do crime, que supostamente fez várias ameaças de morte contra o candidato.
Além de Farachio, dois outros aspirantes foram mortos nos últimos meses.
Um deles, o jornalista Gerardo Delgado, foi assassinado em 10 de agosto de 2022, quando as eleições ainda nem haviam sido convocadas oficialmente e ele era apenas um candidato a conselheiro de Manta representando o movimento Revolución Ciudadana.
Além disso, Xavier Zambrano, conselheiro de Rodrigo Aparicio, candidato a prefeito de Durán, na província de Guayas, foi morto a tiros em dezembro passado.
Outros candidatos, ou pessoas associadas a eles, não foram mortos, mas são vítimas de ataques que ameaçam a vida através de ataques com armas, esfaqueamentos, explosões de veículos ou bombardeios domésticos.
Além da violência já cotidiana nas ruas do Equador, a violência no mundo virtual foi acrescentada. A Corporación Participación Ciudadana, ao apresentar os resultados do Centro de Monitoramento no âmbito do processo eleitoral na quarta-feira, alertou para um aumento do discurso de ódio nas redes sociais, particularmente contra as mulheres que concorrem a vários cargos.
Somos um país com práticas políticas violentas, mas aqueles que sofrem as consequências são as mulheres, disse Ruth Hidalgo, diretora de Participação Cidadã, que enfatizou a importância de ter mais mulheres na política e mais políticas públicas com uma visão feminina.
Mais de 13 milhões de equatorianos são chamados às urnas em 5 de fevereiro para eleger 23 prefeitos provinciais, 221 prefeitos, 864 conselheiros urbanos, 443 conselheiros rurais e 4.109 membros do conselho paroquial.
Eles também definirão os membros do Conselho de Participação Cidadã e Controle Social (Cpccs) e responderão a oito perguntas da consulta popular convocada pelo governo, que foi rejeitada por vários setores, incluindo povos indígenas, professores e estudantes.