Equador diz que avaliará relações diplomáticas com Brasil em caso de impeachment de Dilma

Chanceler do país, Guillaume Long, lembrou que Dilma Rousseff continua sendo presidente constitucional do Brasil até um possível afastamento definitivo

O ministro das Relações Exteriores do Equador, Guillaume Long, afirmou na quarta-feira (29/06) que seu país “avaliará” as relações diplomáticas com o Brasil caso a presidente Dilma Rousseff seja definitivamente afastada do poder ao fim do processo de impeachment de que é alvo.

Segundo chanceler equatoriano, as relações bilaterais com o Brasil se mantêm por enquanto normalmente “As relações bilaterais se mantêm por enquanto normalmente e esperaremos o resultado do ‘impeachment’. Uma vez que saia o resultado, avaliaremos as relações diplomáticas”, disse Long em entrevista coletiva em Genebra durante visita a instituições da ONU (Organizações das Nações Unidas) na capital suíça.

“Entendemos que a presidente Dilma Rousseff é a presidente constitucional do Brasil até que seja formalmente destituída”, afirmou.

O chanceler ressaltou que o embaixador do Equador no Brasil, Horacio Sevilla Borja, foi chamado de volta a Quito pelo governo de Rafael Correa no dia 18 de maio, início do processo de impeachment, em protesto à investida contra a presidente brasileira. Segundo Long, o posto diplomático equatoriano no Brasil segue vago.

O ministro afirmou também que Dilma Rousseff não foi acusada formalmente de corrupção, mas sim do que classificou como “manobras administrativas”. “Não lembro de nenhum caso na História no qual um presidente foi afastado do cargo acusado de manobras administrativas. Isso é uma preocupação para o governo do Equador”, declarou.

Long disse também que o “valor do sufrágio universal é muito importante”, por isso expressou seus receios com relação ao processo realizado no Brasil contra a presidente eleita para seu segundo mandato pela maioria da população brasileira em outubro de 2014.

Procurado por Opera Mundi, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil – chefiado por José Serra desde o dia 12 de maio, quando ele passou a ocupar o posto de chanceler no ministério do governo interino de Michel Temer – não havia tecido comentários sobre as declarações do chanceler do Equador até as 15h.

Foto: WikiCommons

Fonte: Opera Mundi

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