
TeleSUR e agências.
Com a abertura das seções eleitorais, os eleitores terão que escolher entre um governo alinhado aos interesses da direita ou dar uma nova oportunidade à esquerda, representada por Luisa González.
Em meio a um clima de insegurança e polarização política, quase 14 milhões de equatorianos devem participar neste domingo do segundo turno entre o presidente e candidato à reeleição Daniel Noboa e a candidata da Revolução Cidadã Luisa González.
A cerimônia de abertura do segundo turno das eleições presidenciais equatorianas de 2025 ocorreu na sede do Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Como parte de seu discurso, a presidente da CNE, Diana Atamaint, detalhou a participação de 40.000 funcionários eleitorais, 48.000 membros das Forças Armadas e 57.000 policiais nacionais.

Os resultados
Os primeiros resultados das eleições devem ser divulgados algumas horas após o encerramento do processo eleitoral, previsto para as 17h (horário local).
O processo eleitoral começou na última quinta-feira com a votação dos presos e na sexta-feira com a votação em casa de pessoas com mais de 50 anos e mais de 75% das pessoas com mobilidade reduzida.
Votação no exterior
A votação para equatorianos que vivem no exterior começou ontem.
Denúncia
Horas antes do início do processo eleitoral no Equador, Luisa González denunciou que o governo está preparando medidas desesperadas para manipular os resultados das eleições.
Em vigor até 10 de abril, a campanha presidencial foi marcada pela decisão de Noboa de não pedir a devida licença à Assembleia Nacional, além de acusações de uso de recursos públicos para promover o presidente, sem nenhuma ação por parte das autoridades eleitorais.
Em diversas ocasiões, a Revolução Cidadã denunciou a existência de um “campo de jogo desequilibrado” e criticou a CNE por não ser um árbitro imparcial.
Grupos indígenas, agricultores, artistas, intelectuais, trabalhadores do transporte e outros manifestaram apoio à representante de esquerda, acreditando que ela é a proposta mais viável diante das múltiplas crises que o país sul-americano enfrenta.
Drogas e mercenários
Ambos os candidatos prometem segurança, mas Daniel Noboa, cujos negócios familiares são acusados ??de ligações com o tráfico de drogas, busca alcançar isso por meio da presença de bases militares estrangeiras e mercenários, como Erik Prince, da polêmica empresa americana Blackwater, que já está presente no país.