Entrevista: ‘relação humana não pode ser computadorizada, tem que ser uma relação espiritual’

O Embajador cubano Pedro Monzón falou sobre a atuação de cubanos no Programa Mais Médicos.

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Redação, Desacato.info. 

Criado pela Medida Provisória (MP) n.º 621, de 8 de julho de 2013, depois convertida na Lei n.º 12.871, de 22 de outubro de 2013, o Programa Mais Médicos prioriza a atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS), presente em todos os municípios e próxima de todas as comunidades. É neste atendimento que 80% dos problemas de saúde são resolvidos. Para falar sobre este assunto, esteve no JTT-Manhã Com Dignidade desta segunda-feira (13), o Embajador cubano Pedro Monzón, Consul General de Cuba.

O programa é estruturado em três eixos pilares: a estratégia de contratação emergencial de médicos, a expansão do número de vagas para os cursos de Medicina e residência médica em várias regiões do país, e a implantação de um novo currículo com uma formação voltada para o atendimento mais humanizado, com foco na valorização da Atenção Básica, além de ações voltadas à infraestrutura das Unidades Básicas de Saúde.

Neste contexto, entender o significado desta experiência, para Pedro valiosa, se refere ao nível educacional dos médicos cubanos, assim como, a amorosidade construída nas relações com os pacientes.

“Uma relação humana não se refere há aritmética ou matemática, não pode ser computorizada, tem que ser uma relação espiritual, de sentimento, de bondade, não pode ter relação com o dinheiro, não pode subordinar-se a relação de mercado. Um médico cubano atende homem e mulher, estabelece geralmente uma relação familiar”

O retorno 

A retomada do Programa foi anunciada pelo atual secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Nésio Fernandes, na primeira semana de janeiro de 2023.

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o secretário afirmou que a prioridade das vagas é para médicos brasileiros com registro nos Conselhos Regionais de Medicina. Depois, as vagas que não forem preenchidas serão oferecidas para médicos brasileiros formados no exterior. Em seguida, para os profissionais estrangeiros.

A princípio, não haverá um acordo com o governo de Cuba para a contratação de profissionais estrangeiros. Atualmente, os Mais Médicos conta com cerca de 40% de profissionais estrangeiros dos pouco mais de 8 mil que atuam no programa. A nova versão, no entanto, prevê que médicos estrangeiros possam concorrer apenas às vagas remanescestes do edital. Além disso, a expectativa é de que a proposta passe a exigir o exame do Revalida para os formados fora do Brasil.

Para assistir à entrevista completa, acesse: 

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