Lá estavam elas, as guerreiras da Mãe Terra e dos antepassados, abrindo o futuro.
Mesmo sob os escombros, deixados por fascistas e golpistas, discursaram a boa palavra e encataram.
Semblantes leves, corpos adornados e desenhados com traços ancestralizados, espiritualizaram à posse.
Sorrisos e lágrimas dos rostos partilharam ternura, bravura e enalteceram a esperança.
Trajes multicores, cocares das mais lindas penas, gestos de carinho e abraços afetuosos enlaçaram as pautas dos direitos à vida, à democracia e justiça.
Elas, indígenas e negras, fizeram memória, apontaram os rumos e semearam o chão dos ministérios das diferenças.
Que os Encantos de Luz e as ancestralidades, aclamados e chamados para esse momento novo, intercedam e guiem os tempos vindouros.
Porto Alegre, 11 de janeiro de 2023.
Por Roberto Liebgott, Cimi Sul – Equipe Porto Alegre.
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