O ministro do Comércio Exterior da Venezuela, José Vielma Mora, anunciou nesta terça-feira (06/02) que um conjunto de empresas brasileiras manifestou sua intenção de vender alimentos à Venezuela e receber o pagamento com a moeda digital Petro. Mora, no entanto, não disse quais empresas brasileiras aceitarão a criptomoeda.
No programa Dando e Dando, transmitido na Televisora Venezolana Social (Tves), o ministro recordou que o Petro é a primeira criptomoeda que possui respaldo financeiro do governo e de 5.342 milhões de barris de petróleo do campo número 1 do bloco Ayacucho, do Cinturão de Óleo de Orinoco.
Mora indicou que com a criação da moeda, a Venezuela poderá amenizar o bloqueio financeiro e comercial que foi imposto pelo governo dos Estados Unidos e dos aliados norte-americanos, uma vez que facilitará o acesso a novas formas de financiamento e de comércio internacional.
A oferta inicial da moeda digital Petro se realizará até que as 82 milhões e 400 mil unidades disponíveis para venda se esgotem.
A pré-venda começa no dia 20 de fevereiro e consistirá na criação e venda de um token (recurso digital), que será comercializado pela plataforma Ethereum, caracterizada por ser descentralizada.
Em três de dezembro do ano passado, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, criou o Petro e o Observatório Blockchain, que representa a base institucional, política e jurídica para o lançamento da criptomoeda no país, e é considerada a plataforma de software líder no mundo para compra e venda de ativos digitais.