Por Luiz Romero.
Eles não reclamam e não tomam café. Só escrevem. Além disso, são rápidos (conseguem publicar um resumo de um jogo de futebol na hora em que o juiz apita o final da partida) e precisos (o resumo reproduz as estatísticas do confronto sem erro humano). Os robôs–jornalistas criados pela estadunidense Narrative Science já são usados em veículos de esporte e economia – entre eles, um blog da revista Forbes que analisa o desempenho de ações de grandes empresas.
Para produzir seus textos, eles reúnem dados básicos como o resultado final de uma partida de futebol e o número de faltas e passes. Para não ficar com cara de relatório, a máquina usa estatísticas que mostram a probabilidade de um time ganhar ou perder ao longo da partida. Se ela identificar uma mudança muito brusca, entenderá que algo importante aconteceu. Se a maioria dos gols for marcada por apenas um jogador, ela lhe dará destaque. Os executivos da Narrative Science acreditam que em 5 anos um computador ganhará o Pulitzer, o prêmio máximo do jornalismo estadunidense, e que em 15 anos pelo menos 90% do noticiário será produzido por robôs – inclusive notas como esta. Mas jornalistas de carne e osso podem ficar tranquilos: o nicho desses robôs são textos com estrutura fixa baseados em dados numéricos. Um prato cheio para a cobertura de jogos universitários e de ações de empresas menores.
N. da R. de Desacato: Onde diz estadunidense, na matéria original aparecia americano(a).
Fonte: http://super.abril.com.br/
Imagem: http://winxlinux.com/wallpaper-em-3d-robo/