Centenas de paraguaios saíram às ruas do país, pelo terceiro dia consecutivo, pedindo a renúncia do presidente Mario Abdo Benítez, a quem responsabilizam pela crise pela qual passa o país, com acusações de má gestão da pandemia da covid-19 e da lentidão na campanha de vacinação contra a doença.
Participam do protesto, em especial, familiares de infectados e falecidos por coronavírus, bem como trabalhadores do setor de serviços e que foram impactados pela crise. Os atos do domingo (7) ocorreram em frente à residência presidencial Mburuvicha Róga, em Assunção, capital paraguaia. Os manifestantes afirmam que irão permanecer em protesto até que o mandatário saia do poder.
A primeira manifestação, na noite da última sexta-feira (5), ocorreu próximo ao Congresso Nacional, e acabou terminando com repressão policial e uso de balas de borracha e gás lacrimogêneo contra os que protestavam. Segundo a Telesur, a noite acabou com um saldo de 21 feridos e vários danos materiais. Já no protesto de sábado, ao menos oito pessoas foram levadas à delegacia.
No último período, o Paraguai enfrenta uma quantidade recorde de novos casos pela covid-19 e apenas 0,1% da população de 7 milhões recebeu ao menos uma dose do imunizante.
Retirada de ministros
Após os protestos do primeiro dia, Abdo Benítez pediu a saída de três ministros: Saúde, Julio Mazzoleni, que já havia pedido a renúncia; da Educação, Eduardo Petta; e da Mulher, Nilda Romero; além do chefe do Gabinete da Presidência, Juan Ernesto Villamayor. O mandatário ainda afirmou que outros poderão ser demitidos e que todos deveriam colocar seus cargos à disposição.O Paraguai tem mais de 168 mil casos confirmados de covid-19 e mais de 3,3 mil mortes, segundo mapa da Universidade Johns Hopkins,
*Com informações da Telesur.
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