Quando falamos de música, cultura e arte, fragmentos da originalidade, cotidiano e história se fazem presentes. Na coluna “Boa Mistura” no JTT-Manhã Com Dignidade desta quinta-feira (11), Alegre Corrêa entrevistou o produtor cultural e poeta, Antonio Floriano, onde estes pontos foram salientados.
Para Floriano, o ser humano existe porque existe a cultura. “O ser humano é um ser cultural”. Desde os primórdios da realidade, vivências em grupo escreveram a história humana da sociedade. A essência destes ritos, para ele, é proporcionado pela cultura.
Neste contexto, devido a não compreensões, é necessário resistir aos ataques no meio cultural. Isto, porque “as pessoas que atacam a cultura não percebem que vivem num mundo cultural”, destaca.
Antônio, também tocou em um conceito importante para refletirmos quanto a luta pelo poder interfere nos processos sociais e humanos: a cultura de massas. Nessa cultura, o homem-massa, é considerado um consumidor passível de manipulação e sem senso crítico. O conceito surgiu no início da era industrial, a partir de estudos do filósofo espanhol José Ortega y Gasset. Porém, a essência pura da arte não é descredibilizada pelo entrevistado. “Tem música criada para o consumo de massa. Mas, também é arte”, explica.
O artista, natural de Itajaí reflete sobre o cenário catarinense. Para ele, uma das predileções no estado é a música erudita. “Nós fizemos questão de trazer MPB” relata, quanto ao período que esteve atuando no cenário cultural, junto de outros profissionais. Antônio, também avalia que o potencial cultural na capital não é explorado. Sugere que poderia existir um festival de 30 dias explorando moda, bem-estar, filosofia entre outras áreas da cultura.
Entre a possibilidade de impulsionar mudanças, é necessário cautela. Pois “Em terra de cego, quem tem olho é expulso” cita.
Assista à coluna completa abaixo: