A reforma da previdência articulada no governo anterior do presidente golpista Michel Temer (PMDB) da qual o presidente Jair messias Bolsonaro (PSL) junto com seu conselheiro ultra neoliberal o economista Paulo Guedes se comprometem a realizar , tem como característica principal descarregar a crise gerada pelos empresários capitalistas em cima da classe trabalhadora, do povo pobre, das mulheres e dos negros. O ponto mais brutal dessa reforma é o aumento exorbitante do tempo de contribuição para a aposentadoria para 30 anos de contribuição, sendo 65 anos a idade mínima de aposentadoria para homens e 60 para mulheres, assim por muitas vezes ultrapassando a expectativa de vida das pessoas em regiões do norte e nordeste do Brasil.
Bolsonaro, que foi eleito após um processo de eleições manipuladas pelo judiciário e tuteladas pelas forças armadas, representa-se como o principal inimigo da classe trabalhadora, do povo pobre, dos negros e LGBTS. Além dos discursos de ódio contra minorias, ele se compromete em ser responsável pelos ataques mais sanguinários em cima do povo trabalhador, tais esses como privatizações da educação e saúde, retirada dos direitos trabalhistas e a mãe de todas as reformas, como dizem os economistas burgueses, a reforma da previdência. Esta, que tem como objetivo prolongar a jornadas de trabalho aumentando para favorecer uma pequeno punhado de capitalistas e banqueiros e ao mesmo tempo fazendo a população trabalhadora ter que trabalhar até a morte em condições desumanas e sem direitos.
O ponto mais desumano desse ataque é que o tempo de contribuição de trabalho para que se atinja o direito a aposentadoria muitas vezes supera o tempo de vida das pessoas em diversas regiões do brasil, principalmente na regiões norte, nordeste e sudeste. Seguindo uma escala decrescente da expectativa de vida, é possível observar os seguintes números nos seguintes estados com expectativas mais baixas: Ceará: 70,6 anos. Roraima: 70,3 anos. Paraíba: 69,4 anos. Piauí: 69,3 anos. Pernambuco: 68,7 anos. Maranhão: 68 anos. Alagoas: 67,2 anos.
O secretario da previdência do ano de 2016 Marcelo Caetano, afirmou que o dado mais adequado é considerar o tempo de sobrevida do contribuinte quando próximo da idade de se aposentar, e não o tempo total de vida da pessoa. Mesmo seguindo essa logica, com a crises e as demissões que derivam dessas crises, o trabalho precarizado, o crescimento ao trabalho informal por causa da retirada de direitos e no caso das mulheres a dupla jornada de trabalho, mesmo que uma pessoa consiga se aposentar com 65 anos de idade, teria em media mais 2 anos de vida para usufruir desse direito se fosse uma moradora de alagoas. As crises de desemprego prolongam muito mais o tempo necessário de contribuição juntamente com a precarização e o trabalho terceirizado que atinge principalmente mulheres negras que recebem os menores salários e trabalham nos piores postos. Esta reforma é uma forma de fazer com que o povo pobre trabalhe incessantemente, para satisfazer a necessidade de grandes banqueiros com a divida publica e empresários capitalistas de se manterem em seus privilégios que custam aos trabalhadores a própria vida.
A única forma para derrotar essa escravização declarada dos trabalhadores e do povo negro é através da força das mulheres, trabalhadores e do povo pobre. Que as centrais sindicais constituam um grande plano de lutas contra a reforma da previdência e saiam da trégua com o governo Bolsonaro se apoiando na força desses setores para derrotar este e outros ataques que estão por vir.