Por Nivaldo Santana.
No próximo dia 1º de julho, 84.537.244 eleitores irão escolher os novos presidente da República, governadores, senadores e deputados federais do México. Pela importância política, a eleição presidencial é, de longe, a mais importante.
Três candidatos presidenciais estão embolados nas pesquisas eleitorais. Andrés Manuel Lopes Obrador, também conhecido pela sigla AMLO, 58 anos, é cadidato pelo PRD – Partido da Revolução Democrática – e em sua coligação também participam o Partido do Trabalho e o Movimento Cidadão.
A candidata apoiada pelo desgastado presidente Felipe Calderón, pelo PAN, Partido da Ação Nacional, é Josefina Vásquez Mota, 51 anos. Pelo PRI, Partido da Revolução Institucional, disputa Enrique Peña Nieto, 45 anos, com o apoio do conservador PV mexicano e da Televisa.
Correndo por fora, sem chances, o candidato do Partido da Nova Aliança (PNAL) Gabriel Quadris de la Torre, 57 anos. Este partido, registre-se, foi formado em 2005, ligado ao Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Educação (SENE), que nesses dias dirige várias greves de professores no México.
A campanha de Obrador (foto acima) é a que represença, no atual contexto político, a alternatva progressista para o México. Nas últimas semanas, seu nome foi alavancado pelo forte apoio no movimento estudantil -“Yo Soy 132”, nome do movimento, em alusão a um manifesto de 132 estudantes contra o monopólio midiático.
Tudo será decidido, no entanto, nessa reta final da campanha. Os Estados Unidos Mexicanos dos Aztecas e dos Maias, de Zapata e Pancho Villa, precisam recuperar sua soberania, avançar no rumo da democracia, ter desenvolvimento duradouro e consistente com progresso social. A vitória de Obrador é uma aposta nessa direção.