O presidente eleito Abdel Fattah al-Sisi jurou neste domingo (8) defender a integridade territorial e a soberania do Egito na cerimônia que o proclamou presidente constitucional, durante a qual esteve acompanhado pelo presidente interino Adly Mansour.
A mensagem de Al-Sisi mal se estendeu 15 segundos e foi pronunciada às 11h20, hora local.
Nos acessos à sede do Corte Suprema Constitucional (SCC) centenas de membros das Forças Centrais de Segurança (Polícia militarizada) e de especialistas em explosivos patrulharam a marginal do rio Nilo para assegurar que a tomada de posse decorresse sem incidentes.
Desde as primeiras horas da manhã, helicópteros do Exército e da Polícia sobrevoavam a cidade do Cairo, uma parte do enorme dispositivo de segurança empregado desde sábado, incluído o fechamento da praça Tahrir.
Al-Sisi, arquiteto da deposição do presidente islamista Mohamed Morsi em julho passado, foi eleito na semana passada com quase 97 % dos votos, em disuputa com seu único rival, Hamdeen Sabahi, que admitiu sua derrota horas depois de serem conhecidos os resultados oficiais.
Sabahi apresentou uma queixa por irregularidades durante os três dias de votação, entre elas pela extensão do sufrágio por mais 24 horas. A queixa foi arquivada pela Comissão Eleitoral Presidencial, cujos decretos são irrevogáveis.
Medidas extremas de segurança estão em vigor em pontos centrais do Cairo, por causa de ameaças de grupos islamistas de que provocariam obstáculos à posse do marechal retirado de 59 anos, que tem assegurado que os eliminará do panorama político egípcio.
O magistrado a cargo temporário da Corte Suprema, Anwar Rashad al-Asy, e o porta-voz Maher Samy, pronunciaram discursos nos quais concordaram em refutar que a deposição de Morsi tenha sido um golpe de Estado.
Tanto a União Europeia como os Estados Unidos se abstiveram de enviar delegações de alto nível à tomada de posse, enquanto países árabes adotaram a postura.
Entre os convidados árabes encontram-se o presidente palestino, Mahmoud Abbas, e o príncipe da Coroa saudita, Salman.
A exceção será o Catar, cujo embaixador anunciou que assistirá à cerimônia noturna, mas se absterá de presenciar o juramento presidencial.
Os laços do Catar, que apoiou Morsi e condenou sua deposição, com as autoridades interinas do Egito estão em seu ponto mais baixo e é provável que continuem assim por um lapso indeterminado de tempo.
No noroeste do Cairo seguidores da Irmandade Muçulmana, de cuja cúpula se originava Morsi, organizaram um protesto Pela reposição do ex-presidente.
Fonte: Portal Vermelho.