Por Plinio Teodoro.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) usou dados divulgados pela revista Veja sobre superfaturamento no Ministério da Saúde para atacar o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS). O deputado, no entanto, esquece de um detalhe: o superfaturamento apontado pela Controladoria-Geral da União (CGU) acontece no governo do pai, Jair Bolsonaro, que foi quem indicou o ex-deputado do DEM para o cargo.
“CGU descobre contratos superfaturados da gestão Mandetta no Ministério da Saúde”, compartilhou o filho de Jair Bolsonaro, dando o sinal para a horda de apoiadores iniciarem mais uma série de ataques ao ex-ministro nas redes sociais.
“CGU descobre contratos superfaturados da gestão Mandetta no Ministério da Saúde”, por @SigaGazetaBR :https://t.co/doSX2xlLI0
— Eduardo Bolsonaro?? (@BolsonaroSP) December 12, 2020
Mandetta voltou a enfuerecer o governo após entrevista à GloboNews nesta sexta-feira (11), em que diz ter antecipado o número de 180 mil mortos – atingido nesta sexta – para Bolsonaro quando ainda estava no governo.
“Eu nunca falei em público que eu trabalhava com 180 mil óbitos se nós não interviéssemos, mas para ele eu mostrei. Entreguei por escrito, para que ele pudesse saber a responsabilidade dos caminhos que ele fosse optar. Então, foi realmente uma reação bem negacionista e bem raivosa”, disse.