Leitores e leitoras do Portal Desacato e audiência do JTT Agora, bom dia.
Talvez nada seja tão adequado ao governo Bolsonaro como uma peste incontrolável. Algo que corrompe costumes e pessoas de forma contagiosa. Até pinos de drogas ilícitas são vendidos de forma irônica com a foto do primeiro mandatário para garantir a qualidade dos seus efeitos. O obscurantismo tomou conta do Brasil.
Retomaram novo significado, nesta nave à deriva, figuras patéticas como o presidente do PTB, Roberto Jefferson, figura execrável que disputa o campeonato de barbaridades com o astrofilósofo Olavo de Carvalho. Enquanto isso, os mandantes do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, continuam sem punição e o conteúdo no celular do falecido Gustavo Bebiano segue desconhecido. Fabrício Queiroz e sua mulher desfrutam suas férias domiciliares e Flávio Bolsonaro continua senador.
Em Santa Catarina a morte avança e o governador Moisés insiste, infantilmente, com que não houve pressão do empresariado local para reabrir antecipadamente indústrias e comércios, mesmo que áudios, vídeos e declarações já demonstraram o contrário. O coronavírus se alastra e já matou quase 700 pessoas em nosso Estado. No vizinho Uruguai, no país inteiro, morreram 33 pessoas por causa da pandemia. O governador eleito por whatsapp mostra-se ineficiente, incapaz, fácil de ser pressionado e inconsequente com suas responsabilidades.
Não são melhores as gestões municipais e o prefeito de Joinville, Udo Döhler, na maior cidade do estado, não atenta a fechar o município com mais de 80 mortos nas suas costas, quantidade semelhante aos falecidos em toda Cuba. Poderíamos seguir fazendo comparações entre as cidades de Santa Cantarina e países inteiros. O governo de Moisés e os principais prefeitos catarinenses, coerentes com a onda neoliberal protofascista que assumiu o controle do país, dão uma mostra explícita da sua incapacidade para administrar, amarrados como estão ao obscurantismo federal.
Se não fosse pela pandemia, quem sabe teriam conseguido dissimular o que guardam dentro de si. Só visam a defesa dos interesses empresariais, os negociados paroquiais, a discriminação social e o desemprego. O privilégio pelas obras de infraestrutura visíveis, que seus partidos enaltecerão até a saciedade na iminente campanha eleitoral, não poderá ocultar o nefasto desempenho na área da saúde, que mesmo na mais greve contaminação da história contemporânea não conseguiu fugir das tentativas de corrupção no uso do dinheiro público e foi tratada com despreparo e insensibilidade.
O eleitor e a eleitora catarinenses, muito além das suas visões ideológicas precisam refletir sobre o que está acontecendo no país e no Estado. Falta pouco para mudar esse quadro. Está na hora de punir o maltrato e recuperar a estima e a saúde dos moradores de Santa Catarina.
#Editorial #Desacato13Anos #AOutraInformação
—