Leitoras e leitores do Portal Desacato e audiência do JTT Agora, bom dia.
Fomos ensinados a olharmos para os Estados Unidos como exemplo de democracia, de igualdade, como paraíso do emprego, das liberdades individuais e tantas outras coisas. Todas essas mentiras se alastram desde o aparelho de televisão e suas arengas pró-imperialistas, na sala do cinema, nos livros de história, nos discursos oficiais, no copo de Coca-cola e no chiclete que temos na boca.
Revisar cada uma dessas supostas qualidades que levam milhões de pessoas a sonhar com viver como ou nos Estados Unidos é importante, porque com uma rápida visita à realidade veremos que o império não é nada disso que nos fizeram acreditar.
O exemplo de democracia poderia se contestar de muitas maneiras, dentro e fora do país. Dentro, o voto popular vale muito menos que no Brasil. Não é o povo que escolhe o presidente da república e sim é um grupo de 538 delegados que elegem quem deve presidir a nação. Esses delegados são escolhidos numa complexa estrutura eleitoral que começa pelas eleições prévias, e mesmo havendo muitos partidos políticos só os delegados dos partidos majoritários, republicanos e democratas, têm direito a escolher. Ou seja, 530 senhores elegem por 330 milhões de habitantes.
Olhando desde fora das fronteiras observamos que os Estados Unidos desde 1775, segundo dados do próprio congresso estadunidense, já fizeram mais de 300 intervenções militares em todos os continentes. Uma das primeiras foi em Puerto Plata, na República Dominicana, ainda no século 18, e não pararam de invadir, saquear e matar milhões de pessoas em terras estrangeiras até hoje, derrubando dezenas de governos legítimos.
A pregoada igualdade nos Estados Unidos é mais uma falsificação da realidade. A diferença de salários entre as pessoas negras, com relação aos brancos de origem europeia, é gritante. As famílias negras obtêm uma renda anual que não chega a dois terços da renda anual das brancas: 205 mil reais para as negras e 355 mil para as brancas. Aberrante também é a discriminação racial, educacional e sanitária. A violência policial contra os negros e negras lembra a violência das piores e mais sádicas ditaduras inspiradas pelos Estados Unidos.
O mito do emprego pleno nos Estados Unidos também é falso. Em junho de 2020, 10,6% dos homens em idade ativa e 11,7% das mulheres estavam desempregados. Isso sem considerar o trabalho informal e os desalentados. Esse é o paraíso que nos venderam: violento, racista e com 40 milhões de pessoas abaixo da linha de pobreza.
A nação que nos submete a um sistema perverso, genocida e decadente é o pior exemplo que podemos seguir. Perceber que isso nos leva à ruína material e moral é fundamental. Precisamos nos liberarmos de um império criminal que nos invade e domina há mais de 200 anos.