#Editorial Frente em Florianópolis: chegou a hora das decisões

Leitores e leitoras do Portal Desacato e audiência do JTT Agora, bom dia.

Na mesa redonda que organizou nosso portal, na quarta-feira dia 2 de setembro, com 5 das organizações que integram o Movimento Floripa pra Frente, ficou em evidência que não só a militância passa por um alto grau de ansiedade com relação à consolidação de uma frente unida para o pleito de novembro.Também existe aflição nos quadros de cada organização que a compõe. Dirigentes de diversas gerações conclamam essa unidade, o afirmaram com a palavra, os gestos, os olhos. Mas tem gente que pesa mais do que outra nas negociações, e existem implicâncias estaduais e nacionais que se fazem ouvir, mal que pese às lideranças locais.

Se deve compor a decisão final levando em consideração cada detalhe para que a decisão final não sacrifique nenhuma sigla. E não há escapatória, as reuniões preparatórias das convenções começaram a tarefa que será homologada pelos filiados dos partidos a partir deste fim de semana.

Desconstruir os pequenos blocos pontuais que se formaram em torno a um tema único, a composição da chapa majoritária, e integrar definitivamente os espaços menores que formam parte da Frente, e que podem querer afastar-se se algum partido quebrar a unidade, é um esforço titânico. Mas, chegou a hora de fazer esse esforço. É hora de não se omitir, de dar a cara, de dizer a que veio essa Frente e cada partido que está dentro dela.

Os movimentos sociais, os militantes, e boa parte dos filiados dos partidos da Frente não estão preparados para aceitar uma ruptura do movimento que ofereceu esperanças de chegar a um segundo turno em Florianópolis. O setor da sociedade que sonha com essa união não quer saber das decisões nacionais que influem na eleição municipal. Não quer interpretar os cálculos sobre a distribuição dos minutos de televisão. Nem sequer está interessado nas perspectivas eleitorais para 2022 porque isso fica longe demais para este cenário assustador que verte agruras diárias sobre si.

A militância e os movimentos já se expressaram. Os ouvimos em Desacato, os lemos nas redes sociais, os escutamos por telefone: as pessoas do campo popular, os estudantes, os trabalhadores e trabalhadoras querem a união definitiva dessa frente. E não pensam só em novembro, precisam dela a cada dia e já.

Depois de entrevistarmos e ouvirmos; depois de lermos e das análises do dia-a-dia, como coletivo de comunicação afirmamos o que já escrevemos antes de começar com todas as rodas e mesas de conversa com os partidos da Frente: a composição mais idônea para a disputa majoritária, para mexer com os brios de movimentos, militantes e filiados, inclusive de maioria dos quadros partidários, é Elson Pereira–Lino Peres. As razões já as explicitamos em nosso primeiro editorial sobre esse assunto. E o fizemos como todo o respeito que esta casa de comunicação tem pela advogada Janaina Deitos que ganhou nossa estima e confiança pela sua atitude permanente com nossa audiência, pelas suas capacidades reconhecidas e demonstradas. No entanto, na atual conjuntura precisamos uma chance de derrotar à direita na capital do Estado e a chapa majoritária composta pelo PSOL e o PT oferece essa possibilidade.

Esperamos que não se renuncie aos maiores esforços possíveis para que já, no início da próxima semana, unidos e unidas, com todas as forças que vêm da história das esquerdas, com toda a garra e a inteligência do campo popular, e todos seus setores incluídos, possamos começar uma caminhada vitoriosa para Florianópolis. Não queremos sentir-nos traídos pelos sonhos que começamos a construir.

#Editorial #NossaOpinião #Desacato13Anos

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