#Editorial Fiquemos de olho em Paulo Guedes, o ministro da destruição nacional

Leitores e leitoras do Portal Desacato e audiência do JTT Agora, bom dia.

Definitivamente o governo do Brasil está descolado da nação é não tem mais por onde costurar o boneco que fugiu do túmulo. As brigas entre os poderes, o papelão militar ocupando cargos públicos de gestão sem conhecimento técnico, a postura irresponsável frente à pandemia de coronavírus, remetem a um Brasil agoniado e sem saída. Um único personagem transita em paralelo a esta máquina desgovernada: Paulo Guedes. À sombra dos horrores que nos cercam o ministro da fazenda avança para tornar o precipício mais fundo e letal.

Apesar de derrotas e revesses no Congresso, o governo e seu ministro da destruição nacional não esmorecem e, fora dos holofotes, a marcha das reformas continua se preparando para um dia saltar a campo e, mais tarde ou mais cedo, atingir a classe trabalhadora.

Enquanto as torcidas se dividem entre o ministro Gilmar Mendes e as cúpulas militares, Guedes, que congelou os salários dos servidores até 2021 usando o álibi das despesas com a pandemia da Covid-19, aguarda enquanto a reforma está em banho-maria e ataca com a modernização dos marcos regulatórios da economia brasileira, bem como na agenda de concessões e privatizações. O Congresso Nacional, que não quis avançar nas reformas num período duplamente sensível pela pandemia e as eleições municipais, olhará de outro modo a pauta reformista em 2021.

O IBGE anunciou que mais de 700 mil empresas fecharam definitivamente durante a crise sanitária. O trabalho informal, ao qual foram levados os brasileiros e brasileiras muito antes da pandemia, caiu muito mais do que o emprego informal. Assim que acabar o auxílio emergencial a busca por postos de trabalho será intensa e o valor da mão de obra estará à mercê dos empresários. Nesse ambiente desesperador Paulo Guedes encontrará o cenário adequado para sensibilizar o Congresso da necessidade das reformas que persegue com afinco.

Com a desculpa do déficit fiscal, o desemprego em alta e o fechamento de médias e pequenas empresas, a miséria fará as delícias desse privatizador ultrapassado, inspirado no seu colega pinochetista Hernan Buchi, pope neoliberal da América Latina nas épocas de chumbo e das receitas de Margaret Thatcher e Ronald Reagan.

Enquanto distraímos nossos olhares com as figuras da família Adams que constitui o gabinete ministerial do Brasil, o ministro da destruição nacional está escondido no seu laboratório de maldades, onde a imprensa das elites não entra sem avisar, e do qual só sai com o que é possível dizer para favorecer sua pauta comercial.

Paulo Guedes vai dar o golpe final contra a classe trabalhadora e o cenário de desespero será seu cúmplice. Cabe aos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil deter a caminhada desse ministro acobertado pelo show de imposturas do governo nacional.

#Editorial #NossaOpinião #Desacato13Anos

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