Florianópolis, 15 de setembro de 2014.
Continuamos espreitando a sensibilidade do progressismo da Nossa América em relação à eleição no Brasil, para chegarmos, no editorial anterior a 5 de outubro, a um perfil dessas visões. Visitamos sítios de comunicação simpáticos aos processos iniciados a partir da eleição do Comandante Chávez, que teve singular influência na área com as escolhas de vários presidentes, a priori, comprometidos com mudanças, ainda que na órbita do capitalismo. Seguem uma linha editorial parecida a respeito da eleição.
A agência NODAL dedica uma coluna especial à eleição brasileira. Utiliza fontes como EBC, Brasil Atual e 247, posicionando-se do lado do atual governo.
De forma recatada, o jornal Página 12 não esconde sua simpatia pela candidatura governista e publica que “Dilma se recupera fazendo política”. Como NODAL, centra conteúdo na autonomia do Banco Central, destacando que a coordenadora da campanha de Marina é da herdeira do Itaú.
A multiestatal TeleSURtv criou um espaço especial dedicado a nosso processo eleitoral. Também opta por uma linha militante à candidatura governamental e dedica-lhe um extenso artigo com o título: “Petrobras e a guerra contra Dilma Rousseff”, acusando os meios monopólicos de estarem a favor da candidatura de Marina.
Estes veículos de linha progressista demonstram temor a mudanças na condução do governo brasileiro e certo engajamento combinado ou espontâneo com os atuais governos da região. Possuem uma compreensão favorável a consolidar um bloco regional na base retora da UNASUL e na relação comercial com os BRICS. Há outros veiculadores progressistas críticos ao governo Dilma na região. Veremos se para eles, quem vencer é indiferente ou não, no próximo editorial.