Florianópolis, 1º de março de 2015.
A visão de mundo determina os hábitos de um veículo de comunicação. Essa visão é conduzida em função dos objetivos que ele possui. Informar, Educar e Formar para Transformar exige desafiar o sistema, refletir no tipo de prática e como ela se consubstancia com a teoria que se defende. É determinante para o que se faz e como se administra. A semana nos colocou na antítese da empresa monopólica de comunicação do sul do país.
Enquanto a RBS deflagrou um desserviço jornalístico, no seu jornal do meio-dia, colocando seu comentarista de variedades para fazer um comercial descarado da empresa que quer construir um prédio de 18 andares na Ponta do Coral e, naturalmente o faz por compromisso econômico (do contrário é inexplicável uma atitude tão impudica), nossa Cooperativa, inicia um processo de mutirões para deixar sua Casa mais bela para receber os trabalhadores.
Enquanto a RBS apresenta esse comercial escondido que contribui com a descaracterização da Cidade e agride o direito da maioria ao lazer público, a Cooperativa inicia sua primeira grade de TV online com um programa sobre a saúde do Trabalhador. Dois jeitos de ver a Vida e cumprir um papel social.
Os cooperados que iniciaram o processo de mutirões não são uma turma de jovens sonhadores. São profissionais que somam décadas de jornalismo e tecnologia. Decidiram há mais de três anos que o Jornalismo, a Comunicação, a Cultura e a Tecnologia podem e devem ter uma função social. Ganham o mesmo, independentemente de cargos, diplomas e famas provinciais.
Isso tudo é bem diferente da postura censurável da emissora da SC 401, e confirma o saudável que é não se vender, não disfarçar os fatos, na defender exclusivamente o interesse dos poderosos.
O mutirão da Cooperativa não visa “ibope” nem patrocínios. Só a afirmação da prática coletiva relacionada com a teoria. Como poderíamos servir à sociedade, sem hábitos éticos que sejam condizentes com nossa vocação profissional e humana?