Editorial 29 de setembro de 2014

Florianópolis, 29 de setembro de 2014.

 A visão sobre o atual governo brasileiro nos países vizinhos é melhor daquela que os veículos progressistas temos no Brasil. Esse fenômeno se repete quando avaliamos governos próximos. Isso por falta de informação ou por centrar a avaliação no marco do interesse internacional mais do que nos reflexos para a população local. No entanto, há veículos progressistas de países irmãos, ou que influem nestes, que formam opinião através de comentaristas brasileiros de setores mais críticos.

 Dentre os veículos progressistas mais lidos na América Latina está o sítio Rebelion.org com centro na Espanha. Na quarta-feira, 24, publicou um artigo de Luciano Wexell Severo, professor da (UNILA) do Brasil.

 O artigo “Brasil entre o ‘keynesianismo envergonhado’ e o ‘neoliberalismo insolente’”, do qual convocamos um trecho, é uma síntese muito oportuna que perfila o pensamento editorial dos veículos progressistas da região, sobre o governo Dilma, dias antes da eleição.

 O trecho diz: “No caso do Brasil, em que pese os imensos avanços no campo social (…) o PT apostou na desmobilização social, na despolitização, na antiluta política, na homogeneização e na pasteurização do discurso e a ação. Desapareceram do debate termos como imperialismo, oligarquia, transnacionais e se ocultou o inimigo número um das últimas décadas: o FMI. Se um extraterrestre chegasse ao Brasil, em setembro de 2014, teria dificuldade para localizar quem é de “esquerda” ou de “direita”. Isso aconteceria porque a cúpula do PT apostou (…) em uma “modernização conservadora”, com o “progresso de todos” e a “governabilidade”.

Este trecho serve de síntese prístina à posição dos veículos progressistas críticos ao governo Dilma na América Latina e Caribe, inclusive do Portal Desacato.info.

 

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