Florianópolis, 28 de julho de 2014.
Pode se entender como vitoriosa a concretização do 2º Seminário Unificado de Imprensa Sindical, construído pelo Fórum de Comunicação da Classe Trabalhadora. A nova guerra mundial instalada através dos meios de comunicação de classe, uns do sistema, outros na luta por Outro Mundo Possível, se desenvolve em todos os setores da comunicação.
O jornalista combate em várias frentes nas sucessivas batalhas contra o sistema. Mesmo entre a classe trabalhadora ser jornalista é um desafio intenso. O que dizer quando se exerce a profissão em âmbitos descarnadamente capitalistas como a mídia monopólica? A precariedade do trabalho jornalístico se expressa em todos os espaços onde a profissão se exerce. O jornalista acumula funções que são marginais à sua vocação e formação. Assessor de comunicação, redator de documentos, relator de reuniões, telefonista, designer, caricaturista, cinegrafista, fotógrafo, recadeiro, amanuense, são algumas das “profissões” embutidas quando se contrata um jornalista. Quando é estagiário, esta lista aumenta de forma considerável.
Discutir de forma coletiva e mais profunda o presente e o destino da profissão se torna imprescindível. Há de se discutir com governos, categorias, universidades e empresas. Há de se avaliar nossa realidade brasileira e compará-la com outras experiências em países vizinhos que, como Argentina, avançaram com a contribuição da população e do governo nacional.
O uso das novas tecnologias, ora vituperadas, ora endeusadas, também precisa ser debatido. A tentativa de fazer desaparecer o jornalismo como profissão é ponto crucial quando se fala no uso que se faz delas.
O debate acontecerá por segunda vez em Florianópolis, nos dias 6,7 e 8 de agosto. Você o acompanhará Ao Vivo, de novo em Desacato.info e Redes; cobertura que nos lisonjeia e nos compromete com os desafios do Seminário e do Fórum.