Florianópolis, 7 de julho de 2014
Os Amarildos são os Palestinos do Brasil. Não são os únicos, há outras comunidades perseguidas pelo capitalismo no País. Há outros povos e outras nações. Há um Mundo de Amarildos e Palestinos. Cada um, em sua proporção e circunstância atual e histórica, perseguidos pelo capitalismo e suas diversas faces e carapuças.
As agressões sofridas pelos Amarildos no bairro do Rio Vermelho em Florianópolis, e agora em Águas Mornas, no interior do Estado de Santa Catarina, apresentam elementos semelhantes aos componentes doentios que nossa Diretora Geral, Tali Feld Gleiser, faz três semanas, vem descrevendo em suas Crônicas Palestinas. A doença do sionismo também está presente no fascismo e no nazismo. É inerente ao capitalismo a construção de guerras, invasões, genocídios, terrorismo privado e estatal, delinquência militar, econômica e jurídica. É inerente a essa doença o ódio a O Outro, o pobre, o pardo, o índio, o árabe; a rejeição mortal ao diferente.
Esse ódio organiza todas as justificativas para destruir comunidades e pessoas, desagregar famílias, romper culturas, avassalar credos, roubar o que é de todos. Esse ódio é de fundamentos capitalistas e antes o foi, e ainda o é, imperialista e monárquico. Esse ódio que arrasa o povo saharaui e os agricultores colombianos é a mesma doença que atormenta os cidadãos de Donetsk que passa por uma “limpeza” social a mãos da Ucrânia do chocolateiro Poroshenko.
Existem Amarildos e Palestinos onde existe o capitalismo, privado e de Estado.
Só quando tenhamos essa compreensão histórica perceberemos que a causa da Comuna Amarildo, como a Palestina, são nossa causa. Essa destruição capitalista e suas máscaras pontuais, que atropela os Amarildos do Mundo tem uma adversária planetária, a luta constante dos que buscam uma transformação da espécie humana e, sabiamente, sanarão essa doença que infecta a Vida.