“É uma vergonha um presidente da Funai que não defende os povos indígenas”, relata liderança após ataque da polícia

Foto: Adi Spezia/Cimi.

Por Claudia Weinman, com informações do CIMI, para Desacato. info.

Mais de 800 indígenas, representando 40 povos de todo o Brasil encontram-se em Brasília em um movimento que teve início no dia 8 de junho, na luta contra o PL 490/07 que foi retirado hoje da pauta da CCJ por duas sessões, conforme matéria divulgada pela Frente Parlamentar indígena.

Os povos indígenas também exigem que o julgamento do caso de repercussão geral sobre demarcação de terras indígenas seja remarcado com urgência. Assista mais sobre esse assunto:

Ataque da polícia:

Na tarde desta quarta-feira, dia 16 de junho, os povos indígenas participam do Levante pela Terra e marcharam até a sede nacional da Funai, em Brasília, em defesa de seus direitos, contra o marco temporal e o PL 490 e por demarcação já, pedindo ainda, vacina para todas e todos. Os povos indígenas aguardam agenda com o delegado da Polícia Federal (PF) Marcelo Augusto Xavier,  presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai).

As lideranças questionam: “Não somos protegidos, nem temos direito e viver no território. Mas eles têm direito de expulsar a gente da nossa terra. Eles jogaram bomba para a gente sair, mas a violência acontece todos os dias no território, com nossos filhos, pais, com nosso rio e nossa floresta, isso é todo santo dia. Esse presidente tem que ser processado. A gente não vai ficar calado, vamos dormir aqui. É uma vergonha um presidente da Funai que não defende os povos indígenas, é uma vergonha. Esse governo vai passar mas nós não. Essa casa não é dele, é nossa“, disse uma das lideranças em transmissão ao vivo pela página do Conselho Indigenista Missionário (CIMI). Assista aqui.

É uma vergonha um presidente da Funai que não defende os povos indígenas, disse liderança durante transmissão ao vivo.

Durante a manifestação pacífica em frente à Funai, os indígenas foram atacados pela polícia militar. Segundo informações do Conselho Indigenista Missionário: “Quando investiram contra o carro de som, para impedir que os índios utilizassem a fala e seus protestos contra a direção atual da Funai, que tem se comportado contra os direitos indígenas. Jogaram bombas de gás e sacaram armas para atirar nos índios, a situação é tensa, tem vários indígenas passando mal com o gás, alguns investiram com o prédio onde fica a Funai, quebraram algumas vidraças e lançaram flechas, nesse momento foi negociado a entrada de lideranças femininas para entrar no prédio e ter reunião com a presidência da Funai”.

Em Brasília, povos indígenas vivem situação tensa com ataque da polícia com Spray de pimenta. Foto: Adi Spezia/Cimi.

Leia mais: 

 

O levante Indígena pela vida da mãe terra. Por Roberto Antonio Liebgott.

 

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