E o Sul? Alegre sol de verão europeu? Esqueceu?

Foto: Prefeitura de Serafina Correa/Divulgação / Porto Alegre 24 horas

Por Flávio Carvalho.

Lá no Sul, no frio Rio Grande, é inverno.

Milhares de famílias refugiadas seguem necessitando a tua solidariedade.

Ainda que tenham desaparecido das primeiras páginas dos grandes jornais.

Que podes fazer daí de onde estás?

A Fome Tem Pressa é um projeto coletivo que envolve, no mínimo, quatro formas de organização coletiva, no terreno e na sede voluntária cedida pelo Sindicato dos Aeroviários, filiado à CUT, Central Única dos Trabalhadores, do Rio Grande do Sul, RS. Agora, mais do que nunca, necessita de ajuda.

Conheça aqui esses quatro coletivos e, em seguida, as três formas de apoiar.

1.? ?CECOSOL, Central de Cozinhas Solidárias, agrupa mais de vinte organizações, em Porto Alegre e sua Região Metropolitana, RMPA: Trabalhadores Sem Teto, Sem Terra, Sindicatos, Cooperativas, ONGs e associações. Desde o ano 2019, CECOSOL auxilia até vinte mil famílias. Desde a Pandemia, de forma sistemática e incansável.

2.? ?CASAL, Centro Autogestionado de Solidariedade com a América Latina, é uma entidade espanhola sem fins lucrativos, criada em 1991. Suas pessoas associadas conseguiram arrecadar aproximadamente dez mil Euros, nos primeiros dias da enchente, sem contar os anos anteriores. Urgência para as famílias mais necessitadas do Rio Grande do Sul, no maior desastre ambiental da história daquela região.

3.? ?Garraf Coopera é uma ONG sediada na cidade catalã de Vilanova i La Geltrú que apoia cooperativas de Economia Solidária no Brasil, desde o ano 2011. Com o apoio de várias prefeituras locais catalãs. E de organismos públicos como a Diputació de Barcelona e o Fundo Catalao de Cooperação ao Desenvolvimento. O seu projeto mais conhecido é a rede de agroecologia Justa Trama, documentada em um curta-metragem cinematográfico do mesmo nome. E que pode ser consultado livremente pelas redes sociais.

4.? ?Em Barcelona, após as enchentes que deixaram 95% dos municípios do Rio Grande do Sul em situação de emergência e calamidade, foram convocadas pessoas que participam da comunidade brasileira organizada (da FIBRA, Frente Internacional Brasileira, das Mulheres Brasileiras Contra o Fascismo e o Racismo, do Núcleo do Partido dos Trabalhadores em Barcelona). Algumas destas pessoas se uniram com o objetivo de realizar ações de Incidência local. Para multiplicar os apoios e ajudar a obter recursos para as famílias mais vulnerabilizadas. Diante dessa catástrofe social, provocada (sem dúvida) por um neoliberalismo desenfreado em quatro anos de governo neofascista.

Quais as três formas de apoiar toda essa gente?

Para começar, doando. Consulte, diretamente, as formas de apoio econômico: Bizum, na Espanha, PIX, no Brasil, ou Transferência Bancária para fontes confiáveis e transparentes. Principalmente agora que entramos no terceiro ciclo da solidariedade humanitária: impacto e desespero; apoio pontual; e apoio estruturante (geração de Trabalho e Renda, sem deixar de saciar a fome, que permanece).

Logo, participando das reuniões virtuais e presenciais, em Porto Alegre ou em Barcelona. Acompanhe as convocatórias pelas redes sociais dos mencionados grupos.

E, por último, de forma perene e comprometida, não somente por desencargo de consciência. Depois de anos afastado dos projetos europeus de cooperação internacional, o Brasil voltou a fazer parte de campanhas de grandes agências internacionais como a Agência da ONU para os Refugiados, ACNUR, ou de assistência humanitária emergencial como Médicos Sem Fronteiras.

Venha conosco, ser um agente ativo dessa solidariedade e cooperação internacional. Acompanhe, participe, e venha participar de alguns desses coletivos. Com um par de horas por semana será possível reestruturar a vida de milhares de famílias desprestigiadas. Tua experiência profissional, tua capacidade organizativa, tua rede de contatos, pode ser fundamental nesse processo.

Aquele abraço.

@1flaviocarvalho, sociólogo e escritor. @amaconaima

 

A opinião do/a/s autor/a/s não representa necessariamente a opinião de Desacato.info.

 

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