Pela organização
Vivemos diariamente os impactos da pandemia, com suas consequências no âmbito das relações pessoais, no trabalho, no ensino e na saúde física e mental. Precisamos conviver, sobreviver e viver em meio às condições de isolamento e distanciamento social. Como estudantes do Curso de Museologia da UFSC fomos pegos de surpresa com esse “cisma” sanitário e social. Disso surgiu a ideia da NOIA, uma exposição curricular virtual que traz um recorte necessário sobre questão da saúde mental dos estudantes no ambiente universitário durante a pandemia. NOIA estará em exibição a partir do dia 13 de novembro, com duração de um mês nos ambientes virtuais: no site exponoia.cfh.ufsc.br a partir da abertura e em nossas redes sociais @exponoia.
Diante de todo esse novo cenário de limitações e incertezas, a turma da sétima fase de Museologia se viu na iminente necessidade de reavaliar seus projetos para a disciplina de Prática de Exposição. A priori, a exposição estava projetada para se dar no ambiente físico, nas dependências do campus da universidade. A pandemia, com todas as suas incertezas, inseguranças e imposições de visão e conduta, levou à decisão de realizar NOIA no ambiente virtual. Uma transição que por si só trouxe seus dilemas, desconfortos, dramas e pressões sobre os estudantes envolvidos neste trabalho que trata justamente da saúde mental entre esse público. E todos, todas e todes, de alguma forma, se identificarão.
NOIA se estrutura em três módulos de “visitação” – “Denunciar”, “Conectar” e “Ocupar”- que retratam a rotina estudantil a partir da ótica do Ensino à Distância – EaD e suas consequências. Nesse contexto, a exposição denuncia e reflete acerca dos agentes estruturantes que são a manutenção das opressões vividas na academia, trazendo também questões sobre ansiedade, desumanização dos espaços de convívio, a precarização do ensino público superior e tudo o que nos oprime enquanto estudantes universitários.
São abordagens surpreendentes e que levarão o visitante a vivenciar sensações e experiências conflitantes características desse momento, tendo como acervo relatos em primeira pessoa de estudantes de todo o Brasil e especialistas. Uma dessas contribuições vem do Coletivo Arame Farpado, formado por universitários oriundos da periferia do Rio de Janeiro e que usam a arte, o humor, tecnologia, território através do teatro e do audiovisual.
Nesse sentido, trata-se da primeira exposição no país a trazer a temática da saúde mental dos estudantes em meio à pandemia. E desta forma fará com que o público visitante se identifique com o ambiente virtual da sala de aula e reconheça na NOIA a sua própria condição.
Atenciosamente, em nome da turma,
Ana Roman
48.99981-8399
O que: Exposição NOIA
Quando: 13/11 à 13/12
Quem: Alunos da 7ª fase do curso de Museologia da UFSC
Onde: exponoia.cfh.ufsc.br
Redes Sociais: @exponoia
Classificação: Livre para todos os públicos – com exceção da instalação SALA DE AULA que terá classificação indicativa 16 anos.
Mayara Lacal – estudante de museologia
Thainá de Castro – museóloga e profª museologia