“É necessário colocar o alimento como centro de nossas vidas”, enfatiza pré-candidata Luci Choinacki

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Quando se está conectado com o compromisso social e humano, observações críticas são essenciais. Para falar sobre a realidade dos trabalhadores/as do campo catarinense, esteve presente no JTT-Manhã Com Dignidade de quarta-feira (19), a primeira mulher agricultora eleita em Santa Catarinta, deputada estadual, Luci Choinacki. Luci, ajudou a fundar organizações como a Central Única dos Trabalhadores, o movimento das mulheres agricultoras e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra. Foi candidata a senadora em 2006, é ex-deputada estadual e federal, nasceu no município de Descanso, mas, escolheu o litoral para atuar com agricultura urbana.

Ela conta que sua trajetória é inspirada nos ensinamentos do Bispo Dom José Gomes: “Ter coragem, firmeza e fazer tudo que há de melhor para o povo”. Por isso, hoje, “tudo que a gente faz vale a pena” afirma.

Luci, lamenta que após o período em que Dilma Rouceff foi tirada do poder, políticas públicas voltadas para a agricultura foram desvirtuadas para o agro-negócio. As consequências não se referem somente a vida dos trabalhadores/as e uso excessivo de agrotóxicos, mas, também, a alimentação de todos/as.

“A alimentação é fundamental para nosso equilíbrio emocional, espiritual, de conexão com o trabalho. Para a pessoa se sentir bem, primeiro ela precisa se alimentar bem.”

Com a experiência que carrega, afirma que é possível produzir em centros urbanos, mas, para isso é necessário políticas públicas. “É necessário colocar o alimento como centro de nossas vidas. Para que a gente viva mais e melhor, não, a base de medicação”, defende.

Uma de suas maiores preocupações é com as mulheres. Isto, porque elas são as maiores responsáveis pelo preparo dos alimentos. Neste cenário, as famílias que estão menos estruturadas querem sair do campo, porque os filhos não querem ficar e há muitas contas para pagar. As políticas de governos de esquerda era de compra direta dos produtos. “Hoje, tudo isso acabou e políticas também” afirma. A própria imposição cultural de somente valorizar o grande produtor intensifica a problemática.

Além disso, reflete: “Somos seres holísticos, corpo, mente e espírito. Temos uma ligação holística com a própria natureza, com o universo. Então, isso tá perturbando as pessoas, destruindo e desconectando.”

Luci, explica ser preciso fazer esse trabalho de conexão e colocar o ser humano como importante: “Isto está fazendo falta neste período que estamos desarmonizados no cuidado com a vida, saúde e os alimentos”.

Neste contexto, Luci também reflete sobre a força feminina e masculina. Para ela, existem homens e mulheres que precisam estar em parceria. 

Como pré-candidata destaca que sua defesa é: “Nada é impossível na vida. Tudo é possível. Desde que a gente coloque força, amor no coração, batalhe e se organize. Ninguém vence sozinho”.

Assista à entrevista completa abaixo:

 

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