Dirigentes das entidades sindicais de Jaraguá do Sul e Região, reunidos na Intersindical dos Trabalhadores, se anteciparam ao 10 de agosto, “Dia do Basta”, e estiveram no início da tarde de hoje nos portões de acesso à empresa Weg Motores, em Jaraguá do Sul, para distribuir aos trabalhadores o informativo do movimento. “É importante que a população tenha ciência do que acontece no Brasil, temos aqui em Jaraguá do Sul um alto índice de desempregados, que já chega a 10% da força de trabalho e, além disso, amargamos o aumento do custo de vida, das tarifas de energia elétrica, do preço dos combustíveis”, disse o diretor do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos, Marcondes Frontório, lembrando do número de trabalhadores que estão vindo trabalhar de bicicleta: “Tempos atrás todos vinham com seu carro ou de carona solidária e hoje nem isso é mais possível”.
A presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio e dirigente da Federação dos Trabalhadores no Comércio (Fecesc), Ana Maria Roeder, destaca a luta para dar um basta aos direitos retirados dos trabalhadores. “Muitos ainda não perceberam tudo o que foi retirado, porque, ao invés de irem contra os patrões, vão contra os Sindicatos não querendo contribuir com as entidades que os representam”. Ana reivindica que haja reversão na famigerada reforma trabalhista “que trouxe perda irreversível de valores e de direitos para a classe trabalhadora, onde o patrão que leva a melhor, contrata por salário irrisório e o trabalhador se sujeita a trabalhar para não morrer de fome e assim vai levando a vida cada vez mais miserável. Flexibilizaram direitos e o trabalho volta aos tempos da escravidão, ou seja, paga-se o mínimo e trabalha-se muito”.
Para o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Luiz Cezar Schorner, “existe uma necessidade muito grande de a população ir para as ruas, no sentido de cobrar dos governantes golpistas melhorias de vida, para termos um país minimamente decente para a população em geral. No caso específico da categoria que representa, Luiz comenta: “Basta de destruição, porque a população mais carente precisa de serviço público de qualidade e o que vemos é um grande desmonte”. Os dirigentes sindicais retomam a panfletagem amanhã, Dia do Basta, a partir das 7 horas, na frente de escolas e no centro da cidade.