Desejei descrever, por dentro de um poema, o sentido do direito, de antemão adianto, o conteúdo tem defeito.
É complexo dialogar – numa sociedade desigual – do direito, quando nela se almeja, hegemonicamente, vê-lo desfeito.
E todas as vezes em que se busca ampliar direito, observa-se a existência de um percurso pequeno e estreito.
O poderoso, em geral, legisla visando a obtenção do próprio direito, submetendo o humilde ao contínuo malfeito.
Não há, portanto, uma fórmula de redigir poemas sobre direito, porque aquele que o lê, permanecerá, depois, insatisfeito.
Mas, apesar de tudo, especialmente pela minha falta de jeito, dedico meu escrito, acerca do direito, às mulheres e homens que clamam por justiça e respeito.
Porto Alegre (RS), 08 de agosto de 2024.