Direita da Venezuela pede impeachment do autoproclamado presidente Guaidó

Declarações de líder opositor vêm após uma investigação divulgada no último domingo revelar denúncias de corrupção contra aliados de Guaidó

O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, fala durante encontro com o presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto. Foto: Wilson Dias Agência Brasil

O presidente do partido venezuelano opositor Grande Aliança Nacional (GANA), Enrique Aristeguieta Gramcko, exigiu nesta terça-feira (03/12) a renúncia do autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, por perder “legitimidade no exercício de suas funções”.

As declarações de Aristeguieta vêm após uma investigação divulgada no último domingo (01/12) revelar denúncias de corrupção contra aliados de Guaidó. 

Para o líder do GANA, o autoproclamado “permitia escândalos de corrupção em seu entorno”. “Embora Guaidó tenha legitimidade de origem, ele perdeu essa legitimidade no exercício de suas funções; primeiro, porque abandonou seu papel de presidente interino para se tornar candidato”, disse.

Aristeguieta ainda afirmou que “uma vez que Guaidó renuncie, a Assembleia Nacional deve nomear um novo presidente, que imediatamente passaria a ocupar a presidência interina da República”.

“O próximo presidente interino não deve cometer os mesmos erros de Guaidó”, disse o opositor.

Corrupção

A investigação jornalística publicada pelo site Armando.Info aponta o envolvimento de nove deputados da oposição – alguns da Comissão de Controladoria do Parlamento – em manobras em favor do empresário colombiano Carlos Lizcano, apontado como “subalterno” de Alex Saab e Álvaro Pulido, acusados pelos Estados Unidos de lavagem de dinheiro na compra de alimentos no exterior para as lojas Clap, que fazem parte da rede de abastecimento alimentar do país.

Os legisladores, de acordo com a investigação, teriam enviado pedidos de “indulgência” para Lizcano às autoridades da Colômbia e dos Estados Unidos, afirmando que ele não estaria envolvido nos crimes supostamente cometidos por Saab e Pulido. Os deputados negam que teriam feito um pedido para “aliviar” a situação para Liszcano e dizem que há uma “guerra suja” em curso.

Após a denúncia, Guaidó, como presidente do Legislativo, suspendeu os parlamentares. Além disso, os principais partidos da oposição – Vontade Popular e Primeiro Justiça – excluíram de suas bancadas legislativas cinco dos deputados que aparecem no relatório do Armando.Info. As legendas também anunciaram investigações internas para determinar “responsabilidades” e possíveis “sanções”.

*Com Diário do Centro do Mundo

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