Por Raul Fitipaldi.
As Brigadas Populares, o Coletivo pela Memória, Justiça e Verdade, o Grupo de Amigos e Familiares de Pessoas em Privação de Liberdade e a Ocupação Contestado, entre outras organizações, convocam nesta segunda-feira, 10 de dezembro de 2012, os cidadãos catarinenses para se reunir no Largo da Catedral, às 17 h, e marchar pelo Centro da Cidade em comemoração ao Dia Internacional dos Direitos Humanos.
O advogado Eduardo, da Frente Antiprisional, lembrou que no ano que finda, a Capital do Estado se viu comovida por uma série de manifestações de cunho social e popular que alçaram a voz pedindo justiça por motivos diversos. Segundo Eduardo “é um grito pela dignidade, é o estalar de uma luta por direitos”.
Já o estudante da UFSC Jonathan, afirma que “tem se presenciado com muita força a luta organizada, política e pacífica do povo trabalhador, buscando os direitos sonegados pelo poder público”. E lembra a Ocupação Contestado, na qual mais de 120 famílias que foram despejadas pela força no município de São José, defendem sua ocupação para a qual obtiveram liminar na última sexta-feira “e não cederão no seu legítimo direito até que o poder público cumpra o compromisso de ceder um terreno para eles poderem construir com dignidade seu futuro”.
Neste domingo, reunidos na sede de uma organização sindical, os organizadores do Ato Unificado pelos Direitos Humanos, lembraram as mobilizações em defesa do povo Guarani-Kaiowá, a Marcha das Vadias, a Marcha da Insatisfação, a Semana da Consciência Negra, as greves dos bancários, dos trabalhadores do transporte, da Universidade Federal, a corajosa luta dos servidores da saúde e as lutas ambientais e pela reforma urbana.
De fato, desde 2005, Florianópolis não apresentava um nível de mobilização e cobrança aos governos federal, estadual e municipal como o deste ano. Também os fatos acontecidos no Presídio de São Pedro de Alcântara mexeram com a opinião pública, e ademais, houve uma inusitada violência, que refletiu até falta de entendimento dentro das próprias hierarquias do poder público. A partir desta conjuntura, os participantes do encontro convergiram na necessidade de se manifestar afirmativamente amanhã.
O Ato Unificado pelo Dia Internacional dos Direitos Humanos, apoiado por dezenove organizações de diversos setores, transcorrerá a partir das 17 h com concentração no Largo da Catedral e prevê uma marcha pelo Centro de Florianópolis.
