Desde segunda-feira (30), a moradora do bairro Serraria em São José, Marília Silva dos Reis não consegue dormir. Sua filha de 2 anos também. O que impede? O barulho das máquinas e policiais enviados por autoridades da prefeitura municipal, para despejar famílias do local. Uma ação totalmente agressiva, contrária ao direito constitucional à moradia.
“É como se tivéssemos cometido um crime. Foi muito violenta a forma como trataram a gente. Muito desumana”, afirma Marília.
A moradora esteve presente na Audiência Pública na ALESC, onde foi pautada a discussão quanto a situação de moradia e a Lei Despejo Zero na terça-feira (30). Em entrevista com a repórter Ingrid Satere Maré, Marília relata que não teve tempo nem de levar suas roupas, cobertas e travesseiros. Uma de suas filhas não pode ir à escola porque ficou sem sapato para usar.
Como as autoridades públicas não conseguem cumprir sua responsabilidade social e humana, a solidariedade de outras pessoas fortalece. No caso de Marília, a professora e vizinha ajudaram, com cobertas e abrigo.
“Acho que essa prefeitura deveria cuidar mais da gente. Que governo é esse? Que país é esse? Cuida mais do povo, o povo tá sofrendo, tá pedindo socorro. Gente, cuida da população que a população precisa de vocês e vocês precisam da população também”, enfatiza.
Afinal, o direito à moradia é um direito constitucional, de todos, e está sendo negado. Ao invés de construir um país mais digno, atuam na desconstrução de direitos.
Para assistir à entrevista completa, acesse abaixo:
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